O TikTok está desenvolvendo um algoritmo exclusivo para os usuários nos Estados Unidos. O objetivo é conquistar a aprovação dos legisladores americanos, que consideram proibir a plataforma. A separação do código-fonte começou no final do último ano pela ByteDance, controladora do TikTok.
Antes de uma lei sancionada pelo Congresso dos EUA em abril, a iniciativa já estava em andamento. Essa legislação poderia obrigar a venda das operações do TikTok no país. Fontes anônimas indicaram à Reuters que o isolamento do código pode facilitar uma futura venda dos ativos americanos. Contudo, atualmente não existem planos confirmados para isso. Recentemente, em maio, TikTok e ByteDance desafiaram a lei em uma corte federal.
Processo de separação de código
Nos últimos meses, engenheiros do TikTok e da ByteDance nos EUA e na China iniciaram a separação de milhões de linhas de código. O propósito é analisar o algoritmo que conecta usuários a vídeos relevantes. Buscam criar uma base de código independente, eliminando vínculos com usuários chineses.
Este esforço reflete a tentativa da empresa de mitigar riscos políticos. Joe Biden e outros defensores da legislação afirmam que o TikTok permite que Pequim acesse muitos dados dos usuários americanos. A empresa tentou anteriormente isolar esses dados com o Projeto Texas, que não acalmou as preocupações dos reguladores.
Transparência e compliance
Executivos do TikTok ponderaram sobre tornar partes do algoritmo acessíveis publicamente para mostrar transparência. Atualmente, cada linha de código é rigorosamente revisada para verificar sua transferência para a nova base de código. O objetivo é estabelecer um novo repositório para um algoritmo que só funcione nos EUA. Se concluírem a separação, enfrentam o risco de que o novo aplicativo não atinja o mesmo desempenho do atual.
Ao finalizar este processo, o TikTok nos EUA vai gerenciar seu algoritmo de forma independente, distanciando-se, assim, do suporte de engenharia de Pequim. Esta medida busca, portanto, atender as exigências legislativas americanas e preservar a operação do serviço no país.