O Banco Central do Brasil divulgou nesta segunda-feira (10) o boletim Focus, que revelou uma nova alta nas projeções de inflação dos economistas para 2024. O levantamento, realizado na semana anterior com mais de 100 instituições financeiras, mostra que a expectativa de inflação subiu de 3,88% para 3,90%, registrando o quinto aumento consecutivo.
A meta de inflação para 2024 permanece em 3%, mas os economistas a considerarão cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5%. Para 2025, os analistas ajustaram ligeiramente a projeção de inflação de 3,77% para 3,78%.
Projeções do PIB
Além da inflação, o boletim Focus apresentou um aumento na previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024, passando de 2,05% para 2,09%. O ajuste ocorre após a divulgação dos resultados do PIB do primeiro trimestre de 2023, que registrou uma alta de 0,8%. O PIB é um indicador importante que mede a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, servindo como um termômetro da economia.
Para 2025, a expectativa de crescimento econômico permaneceu estável em 2%.
Taxa de juros
Os economistas mantiveram estável a estimativa para a taxa básica de juros, a Selic, para o final de 2024, em 10,25% ao ano. Atualmente, a Selic está em 10,50% ao ano, após sete cortes consecutivos promovidos pelo Banco Central. Para o fim de 2025, os economistas ajustaram a projeção de 9,18% para 9,25% ao ano.
O relatório Focus também abordou outras estimativas importantes para a economia:
- Dólar: A taxa de câmbio esperada para o final de 2024 permanece em R$ 5,05, enquanto a previsão para 2025 subiu de R$ 5,05 para R$ 5,09.
- Balança Comercial: A projeção de saldo positivo na balança comercial para 2024 aumentou de US$ 82,3 bilhões para US$ 82,5 bilhões. Para 2025, a previsão ficou estável em US$ 78 bilhões.
- Investimento Estrangeiro: A estimativa de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil para 2024 manteve-se em US$ 70 bilhões. Para 2025, a previsão foi ajustada de US$ 73 bilhões para US$ 72,5 bilhões.
A inflação elevada reduz o poder de compra, especialmente para aqueles com salários menores, uma vez que os preços dos produtos aumentam mais rapidamente do que os salários. O Banco Central busca manter a inflação dentro da meta para controlar os preços e ajustar a taxa básica de juros conforme necessário.
As revisões no boletim Focus indicam um cenário de maior inflação e crescimento econômico para os próximos anos, influenciando as futuras políticas monetárias e fiscais do país.
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