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Por que a Vitru Educação trocou a Nasdaq pela B3?

Companhia estreia na bolsa brasileira com o código VTRU3

Vitru Educação migra da Nasdaq para a B3. (Foto: Reprodução/Vitru)
Vitru Educação migra da Nasdaq para a B3. (Foto: Reprodução/Vitru)

Na última segunda-feira (10), as ações da Vitru Educação começaram a ser negociadas na B3 (B3SA3), marcando um movimento inédito no mercado de capitais brasileiro. Até a semana passada, a edutech estava listada na bolsa de tecnologia norte-americana Nasdaq. A migração para a bolsa brasileira se dá sob o código VTRU3, após quatro anos de operações nos Estados Unidos.

Histórico na Nasdaq e contexto da migração

A Vitru Educação, que controla os grupos de ensino à distância Uniasselvi e UniCesumar, estreou na Nasdaq em setembro de 2020, levantando US$ 96 milhões em seu IPO. Durante seu último pregão nos Estados Unidos, na sexta-feira, 7 de maio, as ações da Vitru fecharam em US$ 9,07, uma valorização de 2,5% em relação ao dia anterior. No entanto, no acumulado do ano, as ações registraram uma queda de 42,45% e, desde sua listagem inicial a US$ 16, houve uma desvalorização total de 43,3%.

João Albanese, sócio-fundador da Unio Partners, comenta que a migração da Vitru para a B3 não é surpreendente e pode fazer sentido. Muitas empresas brasileiras, atraídas pelo “status social” e a possibilidade de acessar investidores maduros nos Estados Unidos, abrem capital na Nasdaq. No entanto, enfrentam desafios de liquidez e acesso limitado a investidores institucionais e pessoas físicas, o que pode motivar um retorno ao mercado brasileiro.

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Desempenho e perspectivas na B3

Na B3, a Vitru dividirá espaço com outras companhias do setor de educação. Dentre eles, está a Ânima (ANIM3), Cogna (COGN3), Cruzeiro do Sul (CSED3), Ser Educacional (SEER3) e Yduqs (YDUQ3). A Vitru reportou um lucro de R$ 8,1 milhões no primeiro trimestre deste ano. Trata-se de uma redução de 86% em relação ao mesmo período do ano passado. Suas receitas, no entanto, cresceram 13,5%, totalizando R$ 504,3 milhões. A dívida da empresa ao final de março era de R$ 2,2 bilhões.

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Estratégias de crescimento e mercado brasileiro

Com 939 mil alunos matriculados, sendo 97,6% na modalidade de ensino à distância, a Vitru Educação continua a expandir sua presença no Brasil. A captação total de alunos cresceu 9,5% no ano, com um aumento de 16,2% no tíquete médio. A migração para a B3 pode aumentar a liquidez das ações da empresa e atrair mais investidores, incluindo fundos de investimento brasileiros.

Leonardo Resende, superintendente de relacionamento com empresas da B3, ressalta que o movimento da Vitru evidencia a capacidade do mercado de capitais brasileiro de financiar empresas nacionais. A mudança pode facilitar a comunicação com investidores locais e aumentar a sinergia com o mercado brasileiro, potencializando as oportunidades de crescimento da empresa.

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