O mercado de smartphones no Brasil é um dos principais impulsionadores do comércio eletrônico. Em 2022, esse setor foi responsável por aproximadamente 13,2% do total de receitas do e-commerce, conforme indicado por dados do portal “E-commerce Brasil”. As vendas de smartphones contribuíram com R$ 19,7 bilhões para essa quantia.
Dentro deste cenário, 98% deste valor provém da comercialização de smartphones, enquanto os 2% restantes se distribuem entre acessórios diversos, como capinhas e carregadores. A distribuição geográfica dessas vendas revela diferenças marcantes: no Nordeste, por exemplo, 50,1% dos smartphones vendidos são considerados modelos de entrada, enquanto no Centro-Oeste, esta categoria corresponde a apenas 33,9% das vendas.
Dispositivos premium e de entrada: um contraste regional
Além disso, o mercado de dispositivos premium mostra uma tendência interessante. O Centro-Oeste lidera com 28,3% das vendas nesta categoria, superando o Nordeste, que detém 17,9% das vendas de modelos que ultrapassam os R$ 5 mil. Nas regiões Sul e Sudeste, prevalece a comercialização de smartphones intermediários, equilibrando o mercado.
Os modelos de entrada, com preço inferior a R$ 1.200, predominam em termos de volume, constituindo 39,5% do total de unidades vendidas. No entanto, essa faixa contribui com apenas 19,3% do faturamento total, evidenciando uma disparidade entre volume e receita gerada.
O estudo da IDC de 2022 também aponta um crescimento no mercado de smartphones usados e seminovos, cujo valor total atingiu R$ 81 bilhões. Apesar desse montante impressionante, a participação de smartphones mais acessíveis e usados no mercado nacional é de apenas 3,3%, um índice bastante inferior ao observado em mercados mais desenvolvidos, como o dos Estados Unidos, onde essa categoria representa 26% do mercado.
Espera-se que, em 2024, o mercado de smartphones continue a crescer. Com a recuperação econômica em andamento e os lançamentos frequentes de novos modelos, tanto novos quanto usados, estima-se que as vendas possam alcançar marcas ainda maiores até o final do ano, reafirmando o papel central deste setor no impulso ao e-commerce no Brasil.