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Ex-funcionária processa Neuralink após sofrer ferimentos de macaco infectado

Empresa é acusada de negligenciar a segurança e praticar discriminação de gênero

Ex-funcionária processa Neuralink após sofrer ferimentos de macaco infectado
Registro de um dos macacos da Neuralink jogando Pong com a mente (Foto: Reprodução/YouTube/Neuralink)

Uma ex-empregada da Neuralink, empresa de tecnologia neural fundada por Elon Musk, processou judicialmente a empresa, alegando exposição a condições de trabalho perigosas e discriminação de gênero. A ex-funcionária Lindsay Short relata que a Neuralink a obrigou a trabalhar com macacos infectados pelo vírus do herpes B, o que resultou em arranhões e risco de contaminação. Além disso, ela processa a empresa por ter sido demitida após informar gravidez.

Desprezo pelas normas de segurança

Lindsay Short, a funcionária, enfrentou desafios severos ao se transferir para a unidade da empresa em Fremont, Califórnia, em agosto de 2022. Ela denunciou que os macacos, portadores do vírus do herpes B, a arranharam através das luvas. Este incidente destaca a falta de equipamentos de proteção adequados fornecidos pela empresa. Além disso, em outra ocasião, um macaco arranhou o rosto dela depois que a empresa a obrigou a realizar um procedimento não familiar. Lindsay pediu tratamento médico e o supervisor ameaçou-a com “repercussões severas” caso reportasse o ocorrido, revelando uma grave negligência com as normas de saúde e segurança.

 

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Conflitos e demissão controversa

O processo aborda ainda a discriminação de gênero e a demissão questionável de Lindsay. Em maio de 2023, apenas dois meses após receber uma promoção, a empresa rebaixou Lindsay sem justificativa clara. No mês seguinte, após Lindsay informar o departamento de recursos humanos sobre sua gravidez, a empresa a demitiu. A empresa alegou que a demissão se devia a problemas de desempenho, uma justificativa que ela contesta no processo.

Ademais, a Neuralink enfrentou críticas anteriormente pelo tratamento inadequado de macacos e outros animais em experimentos. Relatórios apontam cirurgias mal-sucedidas enquanto a empresa conduzia pesquisas com macacos na Universidade da Califórnia em Davis. Desde então, a empresa transferiu as pesquisas com macacos para as próprias instalações, embora as preocupações com a segurança e a ética permaneçam.

A repercussão desse processo pode influenciar como startups de tecnologia lidam com a segurança e o bem-estar dos empregados no futuro, salientando a importância de práticas éticas consistentes, especialmente em campos de pesquisa biomédica. A Neuralink ainda não se pronunciou sobre as acusações.

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