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Neuralink: chip cerebral preocupa cientistas, entenda

Emmanuel Macron - Franca e Lula - Brasil
(Imagem: Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República)

O chip cerebral da Neuralink, empresa do Elon Musk, tem sido motivo de grande fascínio e controvérsia. No centro do debate está a questão da segurança e transparência, especialmente agora que os testes em humanos começaram a tomar forma. Com promessas de revolucionar a interação entre cérebro e máquina, as expectativas são altas. No entanto, a falta de informações detalhadas sobre os procedimentos e resultados tem alimentado as preocupações da comunidade científica.

Avanços e expectativas

Em janeiro, a Neuralink realizou um marco ao testar o implante cerebral de Musk em um ser humano, relatando sucessos iniciais como o controle telepático de um mouse de computador. Esta inovação representa uma potencial ajuda para pessoas com limitações físicas, como a tetraplegia, oferecendo esperança para uma nova forma de interação com a tecnologia.

Preocupações com segurança e transparência

Contudo, especialistas pedem cautela. A ausência de um registro claro dos ensaios no ClinicalTrials.gov, um repositório que serve como referência e que conta com curadoria dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, levanta dúvidas sobre a metodologia e os padrões seguidos pela empresa. Sem essas informações, avaliar a segurança e a eficácia do dispositivo Neuralink um desafio. O neuroengenheiro da Universidade de Oxford, no Reino Unido Tim Denyson e outros especialistas enfatizam a importância de entender os riscos potenciais, como sangramentos ou infecções, associados ao uso prolongado do chip.

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Além disso, a aprovação da  Food and Drugs Administration (FDA), a Anvisa do EUA, conquistada após uma rejeição inicial, traz à tona mais questões sobre os critérios adotados e os ajustes realizados pela Neuralink para atender às exigências regulatórias. Problemas nos testes com animais, identificados pela FDA, aumentam a preocupação sobre a qualidade e a segurança dos ensaios. A neurocientista do Centro Universitário Médico Utrecht na Noruega presidente da Sociedade BCI (Interface cérebro-computador), Mariska Vansteensel, quer saber se o sinal neurais diminuem com o tempo. “Minha suposição é de que a FDA e a Neuralink estão seguindo o manual até certo ponto”, avalia a cientista. “Mas não temos o protocolo, então não sabemos disso”, completa.

A questão ética

A ética do chip cerebral da Neuralink também é questionada. Enquanto o objetivo declarado é auxiliar pessoas com paralisia, o potencial de uso comercial amplo levanta debates sobre a exploração de participantes vulneráveis em pesquisa.

A professora associada do Centro de Bioética e Humanidade da Universidade de Medicina SUNY, em Nova York, Dra. L. Syd Johnson, analisa que o mercado voltado para o chip cerebral, considerando apenas a função de ajudar pessoas tetraplégicas, é muito pequeno. Ela afirmou ao Daily Beast que “Se o objetivo for o uso dos dados cerebrais adquiridos para outras atividades — dirigir um Tesla, por exemplo — então existe um mercado muito, muito maior. Mas aí todos esses indivíduos usados na pesquisa, que são pessoas com necessidades especiais genuínas, estarão sendo explorados em um estudo arriscado, para o ganho comercial de outra pessoa”.

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