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Bolsa e moeda brasileira estão entre piores desempenhos globais

Incertezas fiscais prejudicam mercado financeiro

Bolsa e moeda brasileira estão entre piores desempenhos globais
(Foto: Anna Tarazevich/Pexels).

O ano de 2024 tem sido marcado por um desempenho negativo no mercado financeiro brasileiro. O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores do Brasil, e o real, a moeda brasileira, destacam-se por estar entre os piores desempenhos no panorama global.

Desde o início de 2024, o Ibovespa registrou uma queda de mais de 10%, desvinculando-se de outros índices internacionais que, na maioria, exibiram crescimento. Atualmente, o índice se posiciona em torno de 119.662 pontos, marcando uma leve alta recente. Mas essa leve alta é insuficiente para compensar a redução acumulada de 10,82% desde janeiro.

Paralelamente, o real apresentou uma desvalorização de aproximadamente 10% frente ao dólar, migrando de R$ 4,85 no final do ano passado para R$ 5,38. Essa mudança coloca a moeda brasileira entre as de pior performance global.

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Influência dos fatores externos

No início deste ano, a perspectiva de um enfraquecimento econômico nos Estados Unidos gerou otimismo, com previsões de que o Federal Reserve pudesse reduzir as taxas de juros a partir de março. Contudo, dados econômicos posteriores revelaram uma economia americana mais robusta, o que arrefeceu tais expectativas.

Os altos juros nos Estados Unidos, sustentando-se entre 5,25% e 5,50%, o nível mais elevado em 23 anos, tornam o dólar uma opção mais atrativa, desfavorecendo investimentos em mercados emergentes como o Brasil.

Fatores internos agravam a situação

As alterações na meta fiscal de 2025, revisada pelo governo federal de um superávit de 0,50% do PIB para um déficit zero, aumentaram o ceticismo quanto ao compromisso fiscal do Brasil.

Esse ceticismo exacerbou os juros futuros e a fuga de capitais, aprofundando a desvalorização do real. Tal cenário aumenta a inflação esperada e complica a política de juros do Banco Central.

Efeito na bolsa brasileira

De acordo com Victor Uébe, gestor de renda variável da EQI Asset, o nível atual da taxa Selic já não sugere uma alta redução em breve. Isso influencia diretamente o fluxo de caixa das empresas, diminuindo o interesse por investimentos em ativos de risco.

Adicionalmente, a Guide Investimentos ajustou a estimativa para o Ibovespa ao final deste ano. Passando, então, de 155 mil para 140 mil pontos, refletindo preocupações com a elevação da Selic e as incertezas fiscais.

Assim, o mercado financeiro brasileiro mostra um quadro de regressão em 2024, com o Ibovespa e o real enfrentando reduções notáveis. A combinação de condições adversas internas e externas mantém o cenário financeiro sob tensão, sem indícios de melhora iminente. As incertezas continuam a influenciar negativamente tanto os investidores quanto as análises econômicas relacionadas ao Brasil.

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