A indústria da moda no Ceará ganhou um guia estratégico após o Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) apresentar, na quinta-feira (13), um estudo amplo sobre o setor. O material reuniu o Sindicato das Indústrias de Confecções e Roupas de Homem e Vestuário do Estado do Ceará (Sindroupas), da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece) e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Ceará (SDE), consolidando dados que mostram onde estão as principais oportunidades, gargalos e pontos de expansão para as empresas cearenses.
O levantamento foi desenvolvido em parceria com Sindroupas, Sindconfecções, SENAI Ceará e Sebrae. Assim, o documento traz informações sobre empresas, mercado de trabalho, receita líquida de vendas e exportações, além de tendências de competitividade. Para os industriais, esse conjunto de dados permitirá calibrar investimentos, melhorar produtividade e ampliar presença no mercado nacional e internacional.
Segundo Paulo Rabelo, presidente do Sindroupas, as informações estruturam ações futuras junto ao governo. Ele afirmou que o setor agora compreende melhor seu papel econômico e trabalhará em projetos baseados no estudo. Guilherme Muchale, gerente do Observatório da Indústria e economista-chefe da FIEC, reforçou que a integração entre sindicatos e governo é decisiva para acelerar ganhos de competitividade.
Além disso, Adece e SDE planejam usar o estudo para combater a informalidade e apoiar a capacitação de trabalhadores. As bases técnicas devem orientar políticas públicas para qualificação, formalização e expansão da cadeia fashion no Estado.
Interesse internacional também reforça a força da indústria da moda no Ceará. Em 2024, o programa Exporta Mais Brasil levou compradores estrangeiros a fabricantes locais, resultando em negociações com marcas como Diamantes Lingerie, Hope, DelRio e DiLady — cenário que confirma potencial exportador do setor.











