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Privatização da SABESP: quem são os principais competidores?

Disputa inclui Nelson Tanure, Aegea e Equatorial

Privatização da Sabesp e possíveis interessados. (Foto: Reprodução/Governo do estado de SP)
Privatização da Sabesp e possíveis interessados. (Foto: Reprodução/Governo do estado de SP)
Privatização da Sabesp e possíveis interessados. (Foto: Reprodução/Governo do estado de SP)
Privatização da Sabesp e possíveis interessados. (Foto: Reprodução/Governo do estado de SP)

A privatização da SABESP está atraindo grandes interessados, incluindo o empresário Nelson Tanure, que manifestou sua intenção de participar do processo, competindo com Aegea e Equatorial pela posição de acionista de referência da companhia de saneamento. O prazo para manifestar interesse encerrou na última segunda-feira (17).

O governo paulista desenhou um modelo inovador para a oferta de privatização da SABESP, com duas fases. Na primeira, serão selecionados dois acionistas de referência que oferecerem o maior preço por 15% da empresa. Na segunda fase, cada um deles formará dois bookbuildings para atrair sócios minoritários. O acionista de referência será aquele que formar o bookbuilding mais vantajoso, combinando maior preço ponderado e maior volume de demanda.

Sinergia e desafios da privatização da SABESP

Nelson Tanure está avaliando a sinergia entre a SABESP e a Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia), arrematada por ele no primeiro leilão de privatização do governo de Tarcísio de Freitas. Porém, ele enfrenta desafios devido às “condições pouco usuais do leilão” e à “forte oposição política”.

Para financiar o elevado valor necessário na privatização, há especulações sobre a formação de um consórcio com a BNDESPar, braço de investimentos do BNDES. No entanto, o BNDES negou qualquer negociação para participar da oferta pública da SABESP.

Impacto no mercado

O anúncio do interesse de Tanure surpreendeu o mercado, resultando em uma queda de 2,97% nas ações da SABESP na terça-feira (18). Situação semelhante ocorreu anteriormente quando o grupo do empresário venceu o leilão da Emae, resultando em uma queda de 28,42% nos papéis preferenciais da empresa.

A SABESP concluiu a aprovação e formalização de “waivers” junto a credores e debenturistas, uma etapa crucial para a privatização. A empresa obteve uma renúncia da obrigação de quitar antecipadamente dívidas de R$ 22 bilhões, além de uma taxa de negociação de 0,10% sobre o saldo de debêntures.

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Roadshow internacional

O governador está realizando um roadshow internacional, apresentando o projeto de privatização da SABESP a investidores nos Estados Unidos e em Londres. Este esforço visa nivelar o conhecimento e fornecer detalhes sobre a operação para atrair grandes investidores.

Alguns interessados na oferta ainda negociam ajustes nas cláusulas da privatização com o governo paulista, incluindo a possível remoção do “poison pill”, um mecanismo de proteção contra ofertas hostis. A norma preocupa grupos financeiros que administram diversos fundos de ações, pois pode dificultar investimentos na SABESP.

Expectativas do mercado

Embora Tanure esteja interessado, duvidam de sua capacidade de atrair demanda suficiente no processo de bookbuilding, essencial para sua seleção como acionista de referência. Isso pode reduzir suas chances de vitória e abrir margem para questionamentos se ele oferecer o maior preço, mas não for selecionado devido ao baixo volume de demanda.