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Selic a 10,50%: quais são as melhores estratégias de investimento?

Comparação e análise de riscos

Com a Selic a 10,50%, onde investir? (Foto: Tima Miroshnichenko/Pexels)
Com a Selic a 10,50%, onde investir? (Foto: Tima Miroshnichenko/Pexels)
Com a Selic a 10,50%, onde investir? (Foto: Tima Miroshnichenko/Pexels)
Com a Selic a 10,50%, onde investir? (Foto: Tima Miroshnichenko/Pexels)

Ontem (19), o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa Selic em 10,50% ao ano. Esta decisão marca a quarta deliberação do ano. Além disso, é a primeira vez desde o início do afrouxamento monetário, em agosto do ano passado, que a taxa não sofre cortes. Com a Selic nesse patamar, é importante revisar as estratégias de investimento.

Investimentos a partir da nova Selic

Os investimentos em renda fixa isentos de Imposto de Renda, como debêntures incentivadas e Letras de Crédito Imobiliário/Agronegócio (LCI/LCA), têm se mostrado bastante atrativos. Esses produtos, com uma rentabilidade de 95% do CDI, chegam a um ganho anual líquido de 10,46%. Isso equivale a um ganho real de 6,62% quando ajustado pela inflação projetada.

Entretanto, investimentos com rentabilidade acima de 100% do CDI preocupam mais. Como os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) de bancos pequenos e títulos prefixados possuem juros superiores a 11% ao ano, eles oferecem retornos ainda mais elevados. Este maior retorno reflete um risco adicional, pois são títulos com prazos mais longos e emissores com maior risco de inadimplência.

Rendimentos em diferentes aplicações

  1. Poupança: a poupança, conhecida por seu baixo rendimento, oferece atualmente 6,17% ao ano mais a Taxa Referencial. Assim, um investimento de R$ 1.000 resultaria em aproximadamente R$ 1.073,46 após um ano.
  2. Tesouro Selic: com a Selic a 10,50% ao ano, o Tesouro Selic proporcionaria um saldo líquido de R$ 1.060,78 para o mesmo valor investido.
  3. Tesouro IPCA+: esta aplicação, que combina um juro prefixado com a inflação (IPCA), resultaria em um saldo final líquido de R$ 1.086,03, considerando uma taxa de IPCA + 6,31%.
  4. CDB (Certificado de Depósito Bancário): considerando um CDB com rentabilidade de 114,50% do CDI, o saldo final seria de R$ 1.085,80. Os CDBs de bancos médios, com remuneração média de 110% do CDI, são atualmente uma das melhores opções.
  5. LCI/LCA (Letras de Crédito Imobiliário/Agronegócio): para investidores dispostos a correr mais riscos, as LCI e LCA, que são isentas de Imposto de Renda e simuladas a 95% do CDI, renderiam um saldo final de R$ 1.103,17.

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Estratégias recomendadas

  1. Diversificação: a diversificação é fundamental. Cada tipo de investimento tem suas vantagens em diferentes cenários econômicos. Títulos prefixados podem não ser vantajosos se a inflação sair do controle. Por outro lado, os pós-fixados, atrelados ao CDI ou à Selic, oferecem mais segurança em momentos de instabilidade.
  2. Investimentos em debêntures: investir em debêntures de grandes empresas como Petrobras, Vale e Suzano pode ser uma opção segura. Apesar de algumas debêntures não oferecerem retornos tão atraentes comparados aos títulos do Tesouro, a isenção de IR pode ser um diferencial importante. É crucial focar em empresas sólidas e evitar aquelas excessivamente endividadas.
  3. Fundos de Renda Fixa de Gestão Ativa: fundos que operam em diversos tipos de produtos podem potencializar os ganhos através de uma gestão ativa e diversificada, aproveitando oportunidades em diferentes segmentos do mercado.
  4. Títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries): com uma rentabilidade de aproximadamente 5% ao ano, os títulos do Tesouro americano são recomendados, especialmente antes de uma possível redução de juros pelo Federal Reserve.
  5. Ações com Pagamento de Dividendos: investir em ações de empresas com histórico de pagamento de dividendos, como bancos e empresas de infraestrutura, pode ser uma estratégia sólida. Essas empresas geralmente têm um fluxo de caixa estável e são menos vulneráveis a crises econômicas.