Em mais um dia de atenções concentradas no cenário fiscal, as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltaram a influenciar o mercado acionário brasileiro. O Ibovespa fechou o pregão com alta de 1,36%, aos 124.307,83 pontos. O dólar à vista (USBRL), que havia atingido a máxima do ano a R$ 5,5390,. A moeda reverteu a alta na última hora da sessão, fechando a R$ 5,5075, com uma queda de 0,22%.
A alta do principal índice da bolsa brasileira e a valorização do real foram reações diretas às declarações de Lula sobre cortes nos gastos públicos. Em entrevista à rádio Itatiaia, o presidente afirmou que “sempre há espaço para cortar despesas no Orçamento”. Portanto, ele mencionou que um estudo aprofundado sobre os gastos nos ministérios está em andamento para avaliar possíveis cortes.
Além das declarações de Lula, os investidores também focaram em notícias corporativas e na divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) pelo Banco Central. Outra notícia relevante foi a abertura de 131.811 vagas formais de trabalho em maio, o menor saldo mensal do ano. Este foi o pior resultado para maio desde 2020, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego.
Ações no Ibovespa
Apesar da desvalorização do dólar, as ações da Suzano (SUZB3) destacaram-se como as “grandes estrelas” do Ibovespa, avançando mais de 13% após a desistência da aquisição da International Paper (IP). No entanto, a Petrobras (PETR4) também impulsionou o índice. A empresa teve uma alta de mais de 2%, favorecida pela valorização do petróleo e pela elevação de recomendação para compra do Bank of America (BofA).
Entretanto, nem todas as ações tiveram um desempenho positivo. A Sabesp (SBSP3) recuou cerca de 3% após a notícia de que a Aegea desistiu de apresentar uma proposta para adquirir 15% da companhia de saneamento básico após a privatização. Sendo assim, apenas a Equatorial (EQTL3) permanece na disputa para se tornar acionista de referência da empresa.
