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Dólar fecha em alta de 0,22% nesta terça-feira (02)

Críticas de Lula ao Banco Central marcam o dia

Dólar
Dólar, a moeda do Estados Unidos da América (Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil)

Nesta terça-feira (2), o dólar à vista registrou uma sessão de extrema volatilidade. A moeda fechou com uma alta de 0,22% a R$ 5,665, após atingir uma máxima de R$ 5,701 durante o dia. As negociações foram influenciadas por críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Banco Central (BC) e especulações sobre uma possível intervenção do BC no mercado cambial.

O dólar começou o dia em queda, mas logo no início das negociações, a moeda inverteu a direção após o presidente Lula criticar novamente o Banco Central e sugerir que discutiriam medidas para controlar o câmbio. Sendo assim, as declarações provocaram um aumento na volatilidade, levando o dólar a subir quase 0,8%, ultrapassando os R$ 5,70.

No final da sessão, surgiram rumores de que o Banco Central estaria consultando tesourarias sobre uma possível intervenção no câmbio. As consultas são típicas em momentos de maior estresse no mercado, permitindo ao BC medir o apetite do mercado por dólares à vista ou por contratos de swap. Como resultado, o dólar zerou os ganhos do dia, mas ainda fechou em alta.

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Fechamento

O dólar comercial fechou com uma alta de 0,22%, cotado a R$ 5,665 na compra e na venda. O contrato de dólar futuro para agosto, negociado na B3, encerrou praticamente estável, com uma ligeira alta de 0,04%, a 5,677 pontos. Este é o maior preço de fechamento desde 10 de janeiro de 2022, quando o câmbio fechou a R$ 5,6723. No entanto, ontem, o dólar à vista terminou o dia cotado a R$ 5,653, em alta de 1,15%.

Declarações – Lula

As críticas de Lula ao Banco Central geraram receios no mercado, aumentando a pressão sobre o câmbio. O presidente afirmou que precisava “fazer alguma coisa” para conter a valorização do dólar, mas evitou detalhar as medidas para não alertar adversários. Contudo, ele mencionou que está ocorrendo um ataque especulativo contra o real e que discutirá medidas ao voltar a Brasília na quarta-feira (3).

Reações do Mercado

As especulações sobre uma intervenção do governo no câmbio geraram incerteza entre os investidores. Apesar dos rumores, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que não há planos de alterar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas operações cambiais. Segundo o ministro, a melhor forma de conter a desvalorização do real é melhorar a comunicação sobre o arcabouço fiscal e a autonomia do Banco Central.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçou durante um evento do Banco Central Europeu (BCE) em Sintra, Portugal, que a autarquia deve permanecer fora da “arena política”. Ele destacou que a incerteza sobre a futura liderança do BC tem elevado o prêmio de risco na curva de juros. Roberto Campos Neto deixará o comando do Banco Central no fim de dezembro.

Em 2024, o dólar acumula uma elevação próxima de 17%, refletindo as incertezas e especulações no mercado. Profissionais do mercado acreditam que a estabilização do câmbio depende da cessação das críticas ao BC e de medidas que garantam o equilíbrio das contas públicas.

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