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Dólar cai abaixo de R$ 5,60 nesta quarta-feira (03)

Queda reflete a falta de discursos críticos de Lula e expectativas de reunião.

Dólar
Dólar, a moeda do Estados Unidos da América (Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil)

Em um dia sem discursos críticos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra o Banco Central e a política monetária vigente, o dólar cedeu em relação ao real, cotando-se abaixo dos R$ 5,60. A queda foi impulsionada pela expectativa de ações governamentais para conter a crise de confiança que elevou as cotações nas últimas semanas, com uma reunião entre Lula e ministros para discutir questões fiscais e cambiais agendada para breve.

Na véspera, rumores sobre uma possível intervenção do Banco Central no câmbio levaram o dólar à vista a terminar a sessão em alta de 0,22%, cotado a R$ 5,6665, o maior valor de fechamento desde janeiro de 2022. No entanto, nesta quarta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou a autonomia do Banco Central para atuar no câmbio conforme julgar conveniente.

Em entrevista após o lançamento do Plano Safra para a Agricultura Familiar, o ministro destacou a crença na acomodação do dólar e no compromisso do presidente Lula com a responsabilidade fiscal.

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Cotações do Dólar

O dólar comercial caiu 1,71%, sendo cotado a R$ 5,568 tanto na compra quanto na venda. Então, na B3, o contrato de dólar futuro para agosto registrou queda de 2,03%, fechando a 5,581 pontos. O Banco Central vendeu todos os 12 mil contratos de swap cambial tradicional durante a manhã para rolagem do vencimento de setembro de 2024, sem anunciar operações extras.

Dólar Comercial

  • Compra: R$ 5,568
  • Venda: R$ 5,568

Dólar Turismo

  • Compra: R$ 5,595
  • Venda: R$ 5,775

Impacto das Incertezas Fiscais

Nos últimos dias, o dólar subiu fortemente em relação o real devido à incerteza dos agentes de mercado com a trajetória fiscal do Brasil. A preocupação reside no risco desse movimento afetar a economia real, encarecendo produtos e potencialmente levando o Banco Central a aumentar a taxa Selic. Atualmente, a taxa está em 10,50% ao ano, para conter a inflação.

Em meio à pressão cambial, Lula se reunirá com Fernando Haddad, e Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento, entre outros. Na terça-feira, Lula havia anunciado que o governo tomará medidas para lidar com o câmbio, afastando a possibilidade de mudanças na dinâmica do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Enquanto aguardava a reunião, o mercado monitorou os discursos de Lula em eventos do Plano Safra. A percepção era de que quanto menos o presidente abordasse o câmbio ou o trabalho do Banco Central, melhor seria para as cotações. Analistas destacaram que os ataques constantes de Lula ao presidente do BC, Roberto Campos Neto, e à taxa Selic geram pressão sobre os mercados de câmbio e juros futuros.

O mercado também monitorou dados dos EUA que sugeriram desaceleração econômica, enfraquecendo o dólar. A pesquisa ADP apontou a criação de 150 mil vagas no setor privado, abaixo das 160 mil previstas. No entanto, os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA atingiram 238 mil na semana passada, superando a estimativa de 235 mil.

Perspectivas Futuras

A ata da última reunião do Federal Reserve (Fed) indicou que os dirigentes estão mais atentos aos riscos de deterioração do mercado de trabalho. Sendo assim, abriu caminho para cortes de juros a partir de setembro, conforme análise da Oxford Economics.

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