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Quem é Silvio Tini de Araújo, o bilionário inabilitado de operar na Bolsa de Valores?

CVM penaliza Tini por uso de informação privilegiada envolvendo Alpargatas

Silvio Tini inabilitado de operar na CVM.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) anunciou a inabilitação de Silvio Tini de Araújo, um dos maiores investidores da bolsa brasileira, por cinco anos. Tini é conhecido por sua importante participação em diversas empresas. O colegiado da autarquia tomou a decisão por unanimidade, divulgando-a recentemente. A decisão está relacionada ao uso de informações privilegiadas sobre a Alpargatas em 2017.

Participações e Fortuna

Silvio Tini é um dos principais acionistas da Alpargatas, detendo cerca de 10% da empresa tanto como pessoa física quanto através da holding Bonsucex. Além de suas ações na Alpargatas, Tini possui participações importantes em empresas como Banco Pan, Gerdau, Bombril e Paranapanema. De acordo com a revista Forbes, sua fortuna é avaliada em aproximadamente R$ 4 bilhões.

Consequências da Decisão

Com essa decisão, Tini está impedido de exercer cargos de administrador ou conselheiro fiscal em companhias abertas ou entidades que necessitem de autorização da CVM pelo período estipulado. A inabilitação não se limita apenas à Alpargatas, mas se estende a todas as entidades do sistema de distribuição de valores mobiliários.

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Julgamento de Outros Envolvidos

No mesmo julgamento, condenaram Caio Galli Carneiro, operador da Bradesco S.A. Corretora, e Júlio César da Silveira Rossi, ex-colega de mesa de Galli, a pagar R$ 200 mil cada um por uso de informações privilegiadas em negócios com ações da Alpargatas, configurando insider trading.

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Histórico de Processos na CVM

Conforme publicado pelo Diário do Povo, Silvio Tini de Araújo já esteve envolvido em outro processo da CVM por manipulação de preços de ações da construtora Azevedo & Travassos (AZEV4) em 2018. Durante esse período, Tini era um dos principais acionistas da empresa. A holding Bonsucex, que possui investimentos em várias empresas reconhecidas, incluindo Alpargatas, Terra Santa, Gerdau, Paranapanema e Bombril, não se manifestou sobre o caso.

Silvio Tini também enfrentou outros processos pela autarquia. Em 2014, ele recebeu uma multa de R$ 500 mil por divulgar informações relevantes da Brasil Ecodiesel, onde atuava como conselheiro. Em 2009, a CVM aplicou uma penalidade de R$ 796 mil a ele por negociar ações da Paranapanema durante um período vedado, enquanto também servia como conselheiro.

Influência na Americanas

Além dos conflitos com a CVM, Tini está entre um grupo de fundos que busca aumentar sua influência na Americanas, que enfrenta o processo de recuperação judicial. Recentemente, ele, junto a outros acionistas minoritários, protestou contra as manobras do trio Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira durante uma assembleia de acionistas da varejista.

Impacto no Mercado Financeiro

Apesar dos diversos processos, a atuação de Silvio Tini no mercado financeiro continua sendo de destaque. Ele diversifica seus investimentos, abrangendo setores estratégicos da economia brasileira. Sua inabilitação pela CVM representa um golpe significativo em sua carreira, mas Tini permanece como um dos grandes investidores do país.

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