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Justiça derruba exclusividade da marca ‘Língua de Gato’ da Kopenhagen

Descubra como a Kopenhagen perdeu a exclusividade da marca 'Língua de Gato' em disputa com a Cacau Show.
Kopenhagen perde direito de exclusividade sobre a marca 'Língua de Gato'. (Foto: Divulgação).
Kopenhagen perde direito de exclusividade sobre a marca 'Língua de Gato'. (Foto: Divulgação).

A Justiça Federal do Rio de Janeiro decidiu anular o registro da marca “Língua de Gato” pela Kopenhagen, resultando em uma vitória para a Cacau Show na disputa judicial. A decisão foi proferida pela juíza Laura Bastos Carvalho na última segunda-feira (1).

A sentença concluiu que o termo “Língua de Gato” é de uso comum no Brasil para descrever uma barra delgada de chocolate, caracterizada pelo seu “notório caráter descritivo”. Com essa decisão, a Kopenhagen perde o direito exclusivo de utilizar a expressão “Língua de Gato” em suas embalagens, abrindo caminho para que concorrentes, incluindo a Cacau Show, possam usar o termo para descrever produtos similares.

Origem da controvérsia

A controvérsia começou quando a Cacau Show sinalizou sua intenção de lançar o “Panetone Miau”, descrito como “chocolate ao leite em formato de língua de gato”. A Kopenhagen, que comercializa o produto “Língua de Gato” desde 1940, moveu uma ação na 12ª Vara Federal do Rio de Janeiro para manter o uso exclusivo do termo, registrado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

A Cacau Show argumentou que a expressão “Língua de Gato” foi criada no exterior no século XIX e é utilizada há décadas no Brasil. Nesse sentido, a empresa listou fabricantes estrangeiros que usam o termo em seus produtos. Em contrapartida, a NIBS Participações S.A., representante da Kopenhagen, defendeu que a expressão tem distintividade no Brasil devido ao seu uso prolongado e exclusivo pela marca.

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Decisão judicial

Após isso, a juíza determinou que “Língua de Gato” pode ser utilizada por outros fabricantes para designar chocolates no formato “oblongo e achatado”. Segundo a magistrada, ao se apropriar da expressão, a Kopenhagen estaria limitando a concorrência injustamente. A decisão permite que outras empresas utilizem o termo, desde que não esteja relacionado a produtos não alimentícios.

Fábio Leme, representante legal da AllShow e sócio do escritório Daniel Advogados, destacou a importância da decisão para a competitividade do mercado. Ele afirmou que a sentença garante que termos genéricos não sejam apropriados por empresas individuais, mantendo-os no domínio público.

Reações das empresas

Em nota, a Kopenhagen expressou sua intenção de recorrer da decisão, afirmando que ainda há um longo percurso jurídico até a conclusão do caso. A empresa acredita que a decisão será revertida e que continuará sendo a única detentora legal da marca “Língua de Gato” até o final do processo.

Por outro lado, a Cacau Show vê a decisão como uma vitória para garantir que termos genéricos possam ser utilizados por qualquer empresa no mercado.

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