Nos meus 50 anos de vida pública, tive a honra de atuar em momentos decisivos da vida nacional. Além da aprovação recente da Reforma Tributária, destaco também os impactos econômicos da Reforma Tributária e do Plano Real, implantado há 30 anos.
Como deputado, defendi com tanta intensidade esse projeto, que veio para estancar a hiperinflação e dar ao país estabilidade econômica. Na ocasião, acabei sendo esmurrado por um parlamentar petista. Guardo essa agressão como uma condecoração de batalha, pois tinha certeza de que estava lutando pelo bem do Brasil.
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Para quem não viveu aquele período e nem faz ideia do que era a hiperinflação, é importante lembrar alguns fatos. No final dos anos 80 e início dos anos 90, a inflação anual ultrapassou 2.500%. No governo do presidente Itamar Franco, em 1994, o ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, liderando brilhantes economistas, lançou as bases do Plano Real. Imediatamente, abracei a defesa dessa causa, acreditando que seria a redenção econômica do Brasil, como de fato aconteceu.
A inédita engenharia econômica que foi arquitetada para criar a nova moeda era de difícil compreensão. Aproveitando-se disso, os líderes do PT não cansavam de denunciar que era apenas mais um plano eleitoreiro. À medida que os resultados positivos começaram a aparecer, as críticas alopradas da oposição começaram a perder efeito. A inflação é um imposto perverso: corrói o salário do trabalhador, diminui o poder de compra das famílias e transforma em um manicômio o planejamento econômico das pessoas, das empresas e dos governos.
Estabilidade Econômica do Plano Real
Vou citar apenas um dado para comparar a importância do Plano Real. Em 1993, segundo dado oficial do governo, a inflação atingiu 2.477%. Em 2023, 30 anos depois, a inflação anual fechou em pouco mais de 4%. A absurda diferença entre a inflação de 1993 e a de 2023 mostra, de forma clara, a enorme contribuição da estabilidade da moeda. Essa estabilidade foi crucial para o crescimento do Brasil nas últimas três décadas.
Valor Reconhecido pela População
Felizmente, a população brasileira valoriza a importância do Plano Real. Uma pesquisa recente do Observatório Febraban mostra que 71% dos brasileiros acreditam que “o Plano Real continua importante”. O Plano lançou as bases para uma economia mais sólida e estável. Como propositor de um projeto pioneiro aprovado recentemente no Congresso, acredito nos impactos econômicos da Reforma Tributária. A reforma proporcionará outro grande salto no avanço da economia brasileira.Aliás, após a adoção da Reforma Tributária, o Brasil terá outra economia.
*Opinião – Artigo Por Luiz Carlos Hauly, economista e deputado federal (Podemos-PR).