A Boeing, maior empresa aeroespacial do mundo, anunciou que em junho entregou 44 aviões, o maior número em um mês este ano. No entanto, este número representa uma queda de 27% em comparação ao mesmo período do ano passado. Desafios contínuos na produção e questões legais impactaram as entregas de aviões Boeing.
No início deste ano, em 5 de janeiro, a Boeing enfrentou um incidente grave quando perdeu uma parte da fuselagem de um jato 737 MAX 9.
Este evento levou a um escrutínio regulatório mais rigoroso e atrasou ainda mais a linha de montagem. Desde então, a empresa tem operado em um ritmo mais lento, tentando superar problemas na cadeia de suprimentos que afetaram a produção.
Leia Também:
A Boeing prometeu aumentar a produção até o final do ano. No acumulado do ano, a empresa entregou 175 aviões, enquanto sua rival europeia, a Airbus, entregou 323 aeronaves no primeiro semestre.
Acordo Departamento de Justiça
Além dos desafios de produção, a Boeing enfrenta problemas legais. No domingo, 7 de julho, a empresa anunciou que aceitaria se declarar culpada. Isso ocorre em uma investigação do Departamento de Justiça dos Estados Unidos. A investigação é sobre dois acidentes aéreos envolvendo o modelo 737 MAX. Esses acidentes, ocorridos em 2018 na Indonésia e em 2019 na Etiópia, resultaram na morte de 346 pessoas.
Como parte do acordo, a Boeing pagará uma multa de US$ 244 milhões e investirá US$ 455 milhões nos próximos três anos para melhorar seus programas de conformidade e segurança. Este acordo evita um julgamento e inclui a declaração de culpa por fraude na certificação dos aviões.
Os desafios enfrentados pela Boeing, tanto na produção quanto nos aspectos legais, têm impacto direto na capacidade da empresa de competir com a Airbus. No entanto, a Boeing está comprometida em resolver esses problemas e aumentar a produção até o final do ano.