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Por que o preço do milho segue caindo? Agro mostra preocupação

Queda nos preços e influências internas

Entenda a situação do preço do milho em julho. (Foto: Divulgação/Agrozil)
Entenda a situação do preço do milho em julho. (Foto: Divulgação/Agrozil)
Entenda a situação do preço do milho em julho. (Foto: Divulgação/Agrozil)
Entenda a situação do preço do milho em julho. (Foto: Divulgação/Agrozil)

O preço do milho registrou uma queda no início de julho, de acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP. No dia 5 de julho, o indicador Cepea/Esalq, baseado na região de Campinas (SP), apontou uma cotação média de R$ 56,11 por saca de 60 quilos, uma diminuição de 1,94% na primeira semana do mês. Essa pressão se deve ao aumento da oferta no mercado spot e ao bom andamento da colheita da segunda safra.

Reações dos compradores e produtores

Os compradores brasileiros têm evitado adquirir grandes volumes, preferindo esperar novas quedas nos preços e priorizar o recebimento de lotes negociados antecipadamente. Por outro lado, apesar de maior flexibilidade, alguns produtores ainda apostam na recuperação dos preços. Eles se baseiam na menor produção desta temporada e nas condições climáticas desfavoráveis, como enchentes no Rio Grande do Sul e seca no Sudeste e em partes do Centro-Oeste.

O mercado brasileiro de milho observou mais uma semana de tendência de baixa nos preços, impulsionada pelo avanço na colheita da safrinha, segundo a Consultoria Safras & Mercado. As negociações foram limitadas, com produtores tentando segurar os preços, de olho na alta recente do câmbio e na possibilidade de melhora nas exportações.

Situação nas diferentes regiões do Brasil

Os preços do milho variaram conforme a região:

  • Cascavel, Paraná: R$ 56,00 por saca.
  • Campinas/CIF: R$ 59,50 por saca.
  • Rondonópolis, Mato Grosso: R$ 42,00 por saca.
  • Erechim, Rio Grande do Sul: R$ 65,50 por saca.
  • Uberlândia, Minas Gerais: R$ 54,00 por saca.
  • Rio Verde, Goiás: R$ 46,00 por saca.

Exportações de milho

Em junho, as exportações de milho do Brasil geraram uma receita de US$ 170,698 milhões, com uma média diária de US$ 8,534 milhões. A quantidade total exportada foi de 850,892 mil toneladas, com uma média de 42,544 mil toneladas por dia. O preço médio da tonelada foi de US$ 200,60. Em comparação com junho de 2023, houve uma queda de 36,9% no valor médio diário de exportação, uma redução de 17,7% na quantidade média diária exportada e uma desvalorização de 23,4% no preço médio.

Movimentação na Bolsa de Valores

Todavia, na Bolsa de Mercadorias de São Paulo (B3), o milho fechou a semana com relativa estabilidade. O contrato de julho de 2024 fechou a R$ 55,92, enquanto o contrato de setembro de 2024 terminou em R$ 57,85. O vencimento de novembro de 2024 ficou em R$ 61,86.

Internacionalmente, o ritmo de negócios foi prejudicado pelo feriado do Dia da Independência nos Estados Unidos, mas o viés negativo permaneceu. A confirmação de uma área plantada maior do que o esperado também pressionou os preços. A Safras Consultoria destaca que o foco estará no clima e nas condições das lavouras de milho norte-americanas, além do andamento das exportações, fatores que podem influenciar o mercado brasileiro.

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Condições do mercado regional

No Rio Grande do Sul, o mercado começou a retomar com algum movimento de compras, mas os preços permaneceram estáveis. Em Santa Catarina, as ofertas diminuíram e os produtores pedem preços mais altos. No Paraná, a semana foi marcada por poucos negócios e pouca disposição por parte dos vendedores. No Mato Grosso do Sul, as indicações de preços variaram entre R$ 44,00 e R$ 48,00.

Com o andamento das colheitas e as condições climáticas, espera-se que o preço do milho continue pressionado. Os consumidores aguardam novas quedas nos preços, enquanto os produtores esperam uma possível valorização devido à menor produção e aos desafios climáticos.