Nesta quarta-feira (10), as ações da montadora de carros de luxo Porsche AG tiveram uma valorização de 3,9%, destacando-se entre os maiores ganhos do índice DAX da Bolsa de Valores de Frankfurt, na Alemanha. Esse desempenho positivo foi impulsionado por comentários favoráveis de corretores após uma teleconferência com investidores realizada na terça-feira.
Importância da chamada pré-encerramento da Porsche AG
A Porsche, controlada majoritariamente pela Volkswagen, realizou o que é conhecido como chamada pré-encerramento. Esse briefing prévio aos resultados trimestrais visa informar analistas e investidores antes do início de um período de silêncio. Durante a chamada, foram discutidos detalhes que mostraram uma melhora nas margens sequenciais e uma melhor conversão de caixa no segundo trimestre, conforme relatado por um trader envolvido na análise.
Reações do mercado e perspectivas de investidores
Os comentários positivos dos corretores geraram otimismo no mercado financeiro. O Goldman Sachs, que mantém uma classificação de “compra” para as ações, destacou a expectativa de um segundo trimestre mais normalizado. O primeiro trimestre havia sido desafiador devido à troca dos modelos Panamera e Taycan e restrições nas remessas para os EUA. A Stifel, por sua vez, também apontou para uma clara melhora nas margens operacionais do segundo trimestre em comparação com o primeiro, mantendo a orientação de margem de 15-17% para o ano inteiro.
Desempenho das ações e desafios enfrentados
Apesar do recente aumento, as ações da Porsche AG, que se separou da Volkswagen em 2022, ainda enfrentam desafios. Nos últimos três meses, houve uma queda de mais de 20% no valor das ações, atribuída em parte à fraqueza no mercado chinês, o mais importante para a empresa. O início do ano foi particularmente desafiador, com as ações caindo cerca de 20%, aproximando seu valor de mercado da antiga controladora e distanciando-se da diferença de 40 bilhões de euros anteriormente registrada.
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Comparação com a concorrência
Enquanto isso, a Ferrari viu suas ações subirem mais de 50% desde o início do ano passado, destacando a disparidade de desempenho entre as duas marcas de luxo. O indicador de preço/lucro da Porsche caiu para menos de um quarto do da Ferrari, pressionado pela desaceleração na China e por problemas de produção que afetaram o lançamento de modelos-chave, incluindo a versão elétrica do SUV Macan.
A reação positiva no preço das ações reflete o otimismo dos investidores. A Porsche, majoritariamente controlada pela Volkswagen, confirmou suas projeções de margem de 15-17% para o ano, conforme destacado pelo Goldman Sachs e Stifel. As previsões de um trimestre mais normalizado e melhorias operacionais reforçam a confiança do mercado.
