Hoje, o dólar à vista atingiu a mínima de R$ 5,37 durante o pregão. No entanto, a moeda não sustentou a baixa e terminou o dia estável em relação ao real. A divulgação dos dados de inflação ao consumidor no Brasil, que ficaram abaixo das expectativas do mercado, influenciou o comportamento da moeda.
Os investidores estavam atentos ao segundo dia de pronunciamentos de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed). Ontem, ele mencionou que a economia dos EUA não está mais superaquecida e que o banco central dos EUA deve avaliar os riscos antes de considerar uma redução nas taxas de juros. Hoje, o presidente do Fed declarou que ainda não está pronto para afirmar que a inflação está controlada.
O dólar comercial registrou uma leve queda de 0,02%, fechando a R$ 5,413 na compra e R$ 5,414 na venda. Contudo, na B3, o contrato futuro de dólar para agosto (DOLc1) recuou 0,16%, cotado a 5.426 pontos. Externamente, o índice do dólar (DXY), que compara o desempenho da moeda americana frente a seis outras moedas, caiu 0,10%, situando-se em 105,03 pontos.
Cotações do Dólar
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,413
- Venda: R$ 5,414
Dólar turismo
- Compra: R$ 5,437
- Venda: R$ 5,617
Impacto dos Dados de Inflação
No início do dia, o dólar à vista começou com uma tendência de queda, acentuada pela divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho, que apresentou um aumento de 0,21%, abaixo da expectativa de 0,32% do mercado. No acumulado do ano, o IPCA registrou alta de 2,48% e, nos últimos 12 meses, 4,23%, também inferior ao previsto de 4,35%.
Os dados, juntamente com a diminuição das tensões políticas recentes, contribuíram para a valorização do real frente ao dólar. As taxas de juros futuros também caíram, refletindo expectativas de que o Banco Central manterá a taxa Selic em 10,50% na próxima reunião de política monetária.
Jerome Powell
Internacionalmente, as declarações de Jerome Powell ao Congresso americano mostraram uma confiança maior em um declínio contínuo da inflação, além de uma sensibilidade crescente aos riscos de manter a política monetária apertada por muito tempo, o que poderia desacelerar a economia dos EUA além do necessário.
Quando questionado sobre a inflação atingir a meta de 2%, Powell respondeu: “Não estou pronto para dizer isso”, apesar de reconhecer que os dados recentes indicam progresso em direção ao objetivo. Então, ele enfatizou que as decisões do Comitê de Política Monetária (FOMC) serão tomadas independentemente das eleições presidenciais nos EUA.