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Produção de limão é afetada pela seca em São Paulo

Produção de limão taiti enfrenta desafios climáticos

Limão
O estado de São Paulo é o maior produtor de limão do Brasil (Imagem: Pixabay)
Limão
O estado de São Paulo é o maior produtor de limão do Brasil (Imagem: Pixabay)

A escassez de chuvas no noroeste paulista tem afetado drasticamente os pomares de limão, especialmente na cidade de Itajobi e nas localidades vizinhas, que são os maiores produtores de limão taiti do Brasil. O fenômeno climático está comprometendo a colheita e aumentando a incidência de pragas, tornando o cenário ainda mais desafiador para os agricultores.

Em uma entrevista a TV Tem, emissora afiliada a Globo, João Carlos Peres, citricultor da região, é um exemplo claro deste impacto. Mesmo com um sistema de irrigação em funcionamento em sua propriedade, que conta com mais de 11 mil pés de limão, ele prevê uma redução de 30% na produção devido à falta de chuvas. Além disso, a seca tem facilitado a propagação de ácaros, complicando ainda mais a situação dos pomares.

Liderança nacional

O estado de São Paulo lidera a produção nacional de limão, com 1,2 milhão de toneladas colhidas na última safra. Em Itajobi, uma propriedade com 16 anos de atividade registrou uma produção de 25 mil toneladas no ano passado. Apesar das adversidades atuais, há uma expectativa cautelosa de aumento na produção.

Valdinei Aparecido Roque, outro citricultor da região, também recorre à irrigação para sustentar a produção. Ele aplica a técnica de indução da florada para garantir colheitas na entressafra, mantendo a terra úmida e fértil. Sendo assim, o método tem permitido a formação de flores e frutos fora do período típico de floração.

Com o beneficiamento do limão em andamento, o segundo semestre se mostra promissor para os preços no mercado nacional. No entanto, a caixa de 27 quilos, que antes se vendia por até R$ 30, agora pode custar até R$ 100. Aproximadamente 20% da colheita destina-se à exportação, e os produtores planejam intensificar a presença no mercado internacional.

Portanto, o cenário destaca a resiliência dos agricultores de Itajobi e das regiões adjacentes em face de condições climáticas adversas. Eles continuam a adaptar as práticas para amenizar os impactos da seca e explorar novas oportunidades de mercado.