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Vendas de eletroeletrônicos batem recorde no primeiro semestre

Crescimento de 34% impulsionado por economia e clima

eletroeletrônicos
(Imagem: Pixabay)
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(Imagem: Pixabay)

A venda de eletroeletrônicos no Brasil atingiu níveis recordes na primeira metade de 2024, com um aumento de 34% em comparação ao mesmo período de 2023. Diversos fatores impulsionaram essa alta, incluindo o aumento da renda e do crédito, a redução das taxas de juros e as altas temperaturas registradas no país. A associação nacional dos fabricantes de eletroeletrônicos, Eletros, divulgou essa informação nesta segunda-feira (15).

De janeiro a junho, as empresas venderam 51,5 milhões de aparelhos eletroeletrônicos. Sendo assim, é o maior volume para um semestre desde 2012.

O presidente da Eletros, Jorge Nascimento, destacou em comunicado à imprensa que “os números mostram uma retomada importante no consumo e trazem um alívio moderado para as empresas do nosso setor, que passaram por um longo período intercalando resultados negativos e estagnação nas vendas”.

Vendas

Os aparelhos de ar-condicionado lideraram o crescimento com um aumento de 88% nas vendas, seguidos pela “Linha Portátil” com um crescimento de 40%. A categoria inclui produtos como airfryers, secadores de cabelo e ventiladores. No entanto, os itens tiveram as vendas impulsionadas pelas altas temperaturas no início do ano.

A Eletros representa 33 empresas que contribuem com 3% do PIB da indústria brasileira, gerando mais de 200 mil empregos em 51 fábricas localizadas em 11 estados. O setor teve destaque em várias linhas de produtos. A “Linha Marrom”, que inclui televisores e aparelhos de áudio, cresceu 20%, totalizando 6,3 milhões de unidades vendidas. A “Linha Branca”, composta por lavadoras de roupa e refrigeradores, vendeu 7,3 milhões de unidades. Então, é um aumento de 16% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Segundo semestre

Apesar do desempenho positivo no primeiro semestre, a Eletros mantém uma perspectiva mista para a segunda metade do ano, combinando otimismo e cautela. A entidade cita os impactos das mudanças climáticas, como as enchentes históricas no Rio Grande do Sul. Além disso, há uma expectativa de seca severa na região Norte. Estas condições climáticas adversas podem afetar tanto a logística quanto a produção industrial, especialmente na Zona Franca de Manaus, onde muitas indústrias de eletroeletrônicos dependem de vias fluviais para transporte.

A Eletros também alertou para os possíveis efeitos do fenômeno La Niña, que tende a reduzir as temperaturas no país, potencialmente impactando as vendas de aparelhos de refrigeração e climatização. Especialistas da Organização Meteorológica Mundial indicaram que o La Niña pode causar secas históricas na América do Sul, semelhantes às registradas entre 2020 e 2023.