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Apagão cibernético mundial afeta Bradesco e voos da Azul

Falha em atualização de software da CrowdStrike impacta serviços

Bradesco - Bradesco e Azul
(Imagem: divulgação/Bradesco)
Bradesco - Bradesco e Azul
(Imagem: divulgação/Bradesco)

Nesta sexta-feira (19), o Bradesco relatou que um apagão cibernético global impactou gravemente as plataformas digitais, causando transtornos em sistemas de computadores em todo o mundo. Contudo, a companhia aérea Azul informou que seus voos poderiam sofrer “atrasos pontuais” devido ao incidente.

Em um comunicado oficial, o Bradesco destacou que suas equipes estão trabalhando “para regularizar a situação o mais rápido possível”. No entanto, a Azul aconselhou os passageiros com voos marcados para a sexta-feira a chegarem mais cedo aos aeroportos e a se dirigirem ao balcão de atendimento para completar o check-in.

Causa da falha

Uma atualização de software da empresa global de segurança cibernética CrowdStrike provocou o apagão. A atualização afetou sistemas operacionais Windows, da Microsoft, levando a suspensões de voos, interrupções em serviços bancários e de saúde, entre outras consequências.

George Kurtz, CEO da CrowdStrike, declarou na rede social X que a empresa estava “trabalhando ativamente com clientes afetados por um defeito encontrado em uma única atualização de conteúdo para hosts do Windows” e que uma solução estava sendo implementada.

Consequências internacionais

Nos Estados Unidos, companhias aéreas como American Airlines, Delta Airlines e United Airlines suspenderam os voos. Além disso, vários aeroportos e transportadoras em todo o mundo também relataram atrasos e interrupções.

Bancos e empresas de serviços financeiros de países como Austrália e Alemanha emitiram alertas sobre falhas nos sistemas. No Reino Unido, sistemas de agendamento médicos ficaram offline, e a emissora Sky News teve sua transmissão ao vivo interrompida temporariamente. O clube de futebol Manchester United teve que adiar o lançamento de ingressos programado.

 

Comunicações oficiais

A unidade de nuvem da Microsoft, Azure, confirmou o problema. A empresa relatou que o agente CrowdStrike Falcon entrou em um “estado de reinicialização” durante a falha global. A CrowdStrike informou aos clientes de que seu software “Falcon Sensor” estava causando travamentos no Microsoft Windows, resultando em uma tela azul, e forneceu uma solução manual alternativa.

Ciaran Martin, professor da Escola de Governo Blavatnik da Universidade de Oxford e ex-diretor do Centro Nacional de Segurança Cibernética do Reino Unido, comentou sobre a vulnerabilidade da infraestrutura central da Internet mundial.

Ajay Unni, CEO da StickmanCyber, uma empresa australiana de serviços de segurança cibernética, sublinhou a seriedade do incidente: “Ferramentas de segurança de TI são projetadas para garantir que as empresas continuem operando mesmo em cenários de violação de dados, portanto, ser a causa raiz de uma interrupção global de TI é um desastre absoluto”.

Medidas Imediatas

Aeroportos em Cingapura, Hong Kong e Índia informaram que a interrupção forçou algumas companhias aéreas a fazer o check-in manual dos passageiros. A falha também afetou o Aeroporto Schiphol de Amsterdã e a companhia aérea Iberia, que registraram atrasos, mas sem cancelamentos de voos. A Air France-KLM confirmou o impacto em suas operações.

Algumas empresas já começaram a restaurar os serviços. Sendo assim, os analistas avaliam o impacto e as lições a serem aprendidas com esta que pode ser a maior interrupção na indústria e na economia global.