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Demanda por debêntures continua robusta em 2024, diz Pedro Brandão

Debêntures e CRIs lideram emissões, atingindo patamares inéditos

Confira análise de Pedro Brandão, da CredÁgil.
Pedro Brandão, CEO da CredÁgil.
Confira análise de Pedro Brandão, da CredÁgil.
Pedro Brandão, CEO da CredÁgil.

As ofertas no mercado de capitais brasileiro, incluindo debêntures, alcançaram um novo recorde no primeiro semestre de 2024, totalizando R$ 337,9 bilhões. Esse desempenho foi impulsionado principalmente pelos instrumentos de renda fixa, conforme dados divulgados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Só em junho, o volume chegou a R$ 66,2 bilhões. Pedro Brandão, CEO da CredÁgil, observou que “a diversificação das emissões e a democratização do mercado são sinais positivos para o setor”. Esse cenário reflete um crescimento sustentável da renda fixa, com emissões distribuídas entre diversos produtos e segmentos.

Aumento nas Emissões de Debêntures

  • Total de Emissões: R$ 206,7 bilhões no primeiro semestre
  • Destinação dos Recursos: Gestão ordinária (26,4%) e infraestrutura (21,2%)
  • Principais Subscritores: Intermediários e participantes ligados à oferta (48,1%), fundos de investimento (46,1%)
  • Prazo Médio: 7,5 anos
  • Setor de Infraestrutura: Representou 43,7% do volume

Pedro Brandão destacou que “a demanda por debêntures continua robusta, especialmente nos setores de infraestrutura, essenciais para o desenvolvimento econômico”.

Recorde em FIDCs, CRIs e CRAs

  • FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios): R$ 34,3 bilhões
  • CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários): R$ 31,4 bilhões
  • CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio): R$ 19,4 bilhões

Brandão comentou que “apesar das mudanças regulatórias, a demanda por CRIs e CRAs permanece forte, evidenciando a confiança dos investidores”.

Desempenho do Mercado Secundário

  • Volume Negociado de Debêntures: R$ 334,7 bilhões, recorde para o período
  • Expectativas para o Segundo Semestre: Positivas, com a manutenção da Selic no patamar atual e as incertezas sobre a queda dos juros americanos.

Guilherme Maranhão, presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da Anbima, afirmou: “As perspectivas para o segundo semestre são positivas, especialmente com a expectativa de manutenção da Selic no patamar atual e as incertezas sobre a queda dos juros americanos”.

Lançamento do Novo Boletim de Debêntures

Para fornecer uma visão mais detalhada sobre as debêntures com benefício fiscal pelas leis 12.431 e 14.801, a Anbima lançou o Boletim de Debêntures Incentivadas e de Infraestrutura.

  • Captação no Primeiro Semestre: R$ 64,4 bilhões
  • Setores de Infraestrutura: Representaram 72,4% do total
  • Volume Negociado no Mercado Secundário: R$ 120,4 bilhões

Emissões Externas e Expectativas

  • Total de Emissões Externas: US$ 13,7 bilhões no primeiro semestre
  • Captação da República: US$ 6,5 bilhões
  • Captação das Empresas: US$ 6 bilhões

Guilherme Maranhão concluiu que “os instrumentos de renda fixa continuarão ganhando espaço, especialmente com o cenário atual de juros. O mercado de capitais está preparado para sustentar esse crescimento no segundo semestre”.

“Do ponto de vista de precificação, uma oferta inicial de ações (IPO) não faz muito sentido para as empresas atualmente, mas a captação via debêntures e instrumentos de securitização continuará robusta”, destacou Pedro Brandão, da CredÁgil.