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Dólar ultrapassa R$ 5,60 com queda das commodities

Moeda americana registra segunda maior cotação do ano

Dólar
Dólar, é a moeda oficial dos Estados Unidos (Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil)
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Dólar, é a moeda oficial dos Estados Unidos (Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil)

Nesta quarta-feira (24), o dólar apresentou uma forte valorização em relação ao real, ultrapassando a marca dos R$ 5,60. O movimento foi impulsionado pela queda nos preços das commodities. Além disso, houve a recuperação do iene, que reduziu o apetite dos investidores por moedas de mercados emergentes.

O dólar fechou o dia cotado a R$ 5,656 na compra e R$ 5,657 na venda, com uma alta de 1,27%. Esta cotação é a segunda maior do ano, ficando atrás apenas do valor registrado em 2 de julho, quando atingiu R$ 5,6665. No entanto, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento (DOLc1) subiu 1,25%, encerrando a 5.661 pontos.

Na terça-feira, o dólar à vista havia fechado a R$ 5,588 na venda, com uma alta de 0,34%. No acumulado do mês, a moeda americana já registra uma alta de 1,18%.

Cotações do Dólar

Dólar comercial

  • Compra: R$ 5,656
  • Venda: R$ 5,657

Dólar turismo

  • Compra: R$ 5,687
  • Venda: R$ 5,867

Alta do Dólar

Dois principais fatores estão pressionando as moedas de mercados emergentes nesta semana: a recuperação do iene frente ao dólar e a deterioração das perspectivas econômicas da China, que afeta a demanda global por matérias-primas. Sendo assim, o real sofreu uma desvalorização de 1,07% em relação ao dólar nos últimos três dias.

Iene

O iene tem se valorizado em relação ao dólar devido a suspeitas de intervenção cambial por parte das autoridades japonesas e especulações sobre um possível aumento dos juros pelo Banco do Japão na próxima semana. Um iene mais forte e a possibilidade de redução no diferencial de juros entre Japão e Estados Unidos têm levado investidores a reverterem operações de “carry trade”. Nessas operações, os investidores tomam empréstimos em países com juros baixos para investir em países com juros mais altos, como o Brasil. Assim, a reversão resulta em uma saída de capitais dos mercados emergentes, contribuindo para a pressão sobre o real.

 

Commodities

A queda nos preços das commodities também está prejudicando os ativos emergentes. As perspectivas econômicas na China, que é uma grande importadora de matérias-primas, pioraram. Sendo assim, afetaram negativamente os preços de produtos importantes para o Brasil. O preço do petróleo está próximo das mínimas de seis semanas, e os contratos futuros de minério de ferro atingiram o menor valor em mais de três meses.

Além do real, outras moedas de mercados emergentes também foram impactadas. Portanto, o dólar se fortaleceu frente ao peso mexicano, com uma alta de 1,1%, e subiu em relação ao peso chileno, com um aumento de 0,6%.