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Bolsas da Europa fecham em baixa nesta quarta-feira

Resultados de luxo e bancos afetam mercados europeus

Bolsas de Valores de Ásia e Oceania - China - Europa - N
Veja o desempenho dos mercados financeiros da Europa. (Imagem: Pixabay)
Bolsas de Valores de Ásia e Oceania - China - Europa - N
Veja o desempenho dos mercados financeiros da Europa. (Imagem: Pixabay)

As bolsas da Europa encerraram o dia, em sua maioria, em baixa, influenciadas por resultados decepcionantes no setor de luxo e balanços mistos de grandes bancos. O índice CAC 40 de Paris caiu 1,12%, fechando em 7.513,73 pontos, pressionado pelos resultados semestrais da LVMH que ficaram abaixo das expectativas. A ação da gigante de produtos de luxo despencou 4,66%, arrastando consigo papéis de outras empresas do setor, como Kering (-4,54%), Hermès International (-2,07%) e Pernod Ricard (-1,54%).

Em Frankfurt, o DAX registrou uma queda de 0,95%, encerrando o dia em 18.380,69 pontos. O FTSE 100 de Londres teve um declínio mais modesto de 0,17%, fechando em 8.153,69 pontos. As cotações refletem a pressão sobre os mercados europeus diante das preocupações com a demanda da China e as perspectivas de desaceleração econômica.

Impacto dos resultados de empresas

O setor de luxo foi fortemente impactado pelos resultados da LVMH, a maior empresa de artigos de luxo do mundo, que reportou um desempenho semestral abaixo do esperado. O resultado gerou uma reação negativa em cadeia, afetando outras empresas de luxo na Europa. Além disso, os balanços de grandes bancos da região também tiveram um impacto.

O Deutsche Bank, maior banco da Alemanha, reportou seu primeiro prejuízo trimestral desde 2020, resultando em uma queda de 8,63% em suas ações. Em contrapartida, o espanhol Santander apresentou um desempenho trimestral melhor do que o esperado, com suas ações subindo 2,70% em Madri. Já o BNP Paribas, apesar de ter superado as expectativas de lucro e receita, viu suas ações recuarem 0,94% em Paris, com analistas do JPMorgan afirmando que a confirmação das projeções para o ano não deve levar a upgrades de recomendações.

Em Londres, a International Airlines Group (IAG) recuou 0,87% após o Financial Times informar que a aquisição planejada da Air Europa pelo grupo está em risco devido a preocupações concorrenciais levantadas pela União Europeia. Sendo assim, o cenário aumenta a pressão sobre o mercado europeu, que já enfrentava um ambiente de incerteza.

Influências externas

O mercado europeu também refletiu as quedas em Wall Street. A Tesla viu suas ações derreterem após resultados abaixo das expectativas. A Alphabet, controladora do Google, também contribuiu para o pessimismo.

 

Indicadores econômicos

Os PMIs preliminares da Europa foram um ponto de atenção. O PMI composto da zona do euro caiu para 50,1 em julho, abaixo das expectativas, indicando uma desaceleração na atividade econômica. No entanto, no Reino Unido, o PMI equivalente avançou para 52,7 no mesmo mês, mostrando uma leve expansão.

Bolsas na Europa

Em outros mercados europeus, o PSI 20 de Lisboa foi uma exceção, fechando em alta de 0,65%, aos 6.898,82 pontos, impulsionado pelo ganho de 2,38% da EDP Renováveis. Em Madri, o Ibex 35 cedeu 0,15%, terminando em 11.196,30 pontos. Por fim, em Milão, o FTSE MIB recuou 0,65%, fechando em 34.471,65 pontos.