A sessão de hoje foi marcada por alta volatilidade para o dólar, que inicialmente cedeu em relação o real, mas acabou fechando com uma alta de 0,18%. A variação refletiu a fraqueza das moedas emergentes ao longo da semana. O dólar comercial encerrou cotado a R$ 5,657 na compra e R$ 5,658 na venda. Contudo, no mercado futuro da B3, o contrato de primeiro vencimento subiu 0,41%, atingindo 5.665 pontos.
O desempenho do dólar foi fortemente influenciado por fatores externos, incluindo a recuperação do iene frente ao dólar e a queda nos preços das commodities devido ao enfraquecimento da economia chinesa. Os elementos pressionaram as moedas emergentes durante toda a semana. Atualmente, a incerteza política e a desconfiança em relação às contas públicas brasileiras contribuíram para a depreciação do real.
Na sessão anterior, o dólar à vista encerrou cotado a R$ 5,647, registrando uma leve baixa de 0,17%. No acumulado da semana, a divisa norte-americana apresentou uma alta de 0,96%, refletindo a fragilidade das moedas emergentes.
Cotações do Dólar
Dólar Comercial:
- Compra: R$ 5,657
- Venda: R$ 5,658
Dólar Turismo:
- Compra: R$ 5,695
- Venda: R$ 5,875
Mercado interno e externo
A alta inicial do minério de ferro pela manhã ajudou a atrair fluxo comercial no mercado à vista, contribuindo para a queda inicial do dólar. No entanto, as preocupações com a situação fiscal no Brasil e a busca por proteção antes da decisão do Copom na próxima quarta-feira, que deve manter a taxa de juros, influenciaram o câmbio no decorrer do dia.
Iene e o Banco do Japão
O iene, que vinha se recuperando e provocando fuga de capital entre países emergentes, teve uma sessão volátil. No entanto, apesar de ter cedido ante o dólar mais cedo, voltou a registrar leves ganhos no início da tarde. A moeda japonesa está se beneficiando da expectativa de um aumento de juros pelo Banco do Japão na próxima semana, o que tem motivado a reversão de operações de “carry trade”.
Inflação nos EUA
Os dados de inflação nos Estados Unidos também foram monitorados de perto pelo mercado. O núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE) acelerou para 0,20% em junho ante maio, após ter ficado em 0,10% no mês anterior. No entanto, em 12 meses, o índice desacelerou para 2,5%, de 2,6% no mês anterior. Os resultados reforçam a tese de moderação das altas de preços observadas no segundo trimestre, o que pode dar ao Federal Reserve a confiança necessária para iniciar um ciclo de corte de juros ainda este ano.
Federal Reserve
As expectativas de mercado apontam para um possível corte de juros pelo Federal Reserve em setembro. Portanto, a confirmação da desaceleração da inflação pode abrir caminho para essa decisão, oferecendo um alívio para as moedas emergentes que enfrentaram fortes pressões nas últimas semanas.