O governo da Venezuela anunciou a expulsão imediata de diplomatas de sete países, incluindo Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai, após acusações de fraude eleitoral nas eleições presidenciais. Esta ação drástica ocorre na sequência da reeleição de Nicolás Maduro, proclamado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) com 51,2% dos votos contra 44,2% de Edmundo González. O novo mandato de Maduro vai de 2025 a 2031.
A Venezuela rejeitou fortemente as acusações de fraude, classificando-as como ataques de governos de direita subordinados a Washington. Em comunicado, o governo afirmou que essas nações estão comprometidas com ideologias fascistas e que não aceitam a soberania venezuelana, referindo-se aos resultados anunciados pelo CNE.
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Protestos contra Maduro
No dia seguinte à proclamação dos resultados, manifestações espontâneas eclodiram em Caracas, com muitos cidadãos indo às ruas para protestar contra a reeleição de Maduro. A líder da oposição, Maria Corina Machado, tem sido uma voz ativa nas redes sociais, declarando que continuará a luta eleitoral até o fim. Ela enfatizou que a oposição permanecerá nos centros de votação até que todos os votos sejam contados e os boletins de urna sejam obtidos, prometendo respeitar a soberania popular.
Oposição Denuncia Fraude
A oposição, unida contra Maduro, alega que Edmundo González teria vencido com cerca de 70% dos votos. Pouco depois do anúncio do CNE, Maria Corina Machado declarou que a oposição era a verdadeira vencedora, baseando-se em 40% dos boletins de urna que afirma ter em mãos. Ela argumenta que o processo eleitoral foi uma violação da soberania popular e que os resultados não podem ser justificados com as informações disponíveis.
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Tensão Diplomática
A reação da Venezuela em expulsar os diplomatas dos sete países adiciona uma camada extra de tensão à já delicada situação política do país. O governo venezuelano justifica essa decisão como uma resposta às ações desses governos, que considera ofensivas à sua soberania e integridade.
A situação na Venezuela permanece tensa, com um futuro incerto devido às contínuas acusações de fraude, protestos e repercussões diplomáticas. A reação da oposição e a resposta do governo a esses desafios definirão os próximos passos na crise política do país.