Nesta quarta-feira, 31, ocorre a “Super Quarta” com expectativas sobre as decisões dos Bancos Centrais. O evento ganhou destaque no mercado financeiro, pois coincide entre as decisões de taxas de juros dos comitês do Federal Reserve, Fed, e do Comitê de Política Monetária, Copom.
A expectativa de que os cortes nas taxas de juros começariam em março deste ano foi adiada para junho, e agora, as apostas se concentram em setembro. Este atraso do Fed influenciou o Copom a interromper o ciclo de queda da taxa Selic em maio, estacionando-a em 10,50%.
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Movimentações no mercado de câmbio
A pesquisa da XP com gestoras revela um aumento nas apostas contra o dólar, refletindo a expectativa de queda dos juros nos EUA. A proporção de gestores com posições vendidas em dólar subiu para 27% em julho. Por outro lado, as apostas na valorização do real aumentaram para 44%.
Com a Selic mantida em 10,50%, houveram revisões nas expectativas de inflação para 2024, passando de 3,8% para 4,07%. A maioria dos gestores continua apostando na queda dos juros reais ou nominais brasileiros, embora exista a possibilidade de aumento de juros este ano.
A visão positiva sobre a bolsa local aumentou significativamente, com 47% das gestoras mais otimistas em julho. Apesar das incertezas fiscais e juros elevados, a alocação de risco na bolsa brasileira tem crescido. Em contraste, a visão mais negativa para a moeda brasileira ainda predomina, com 56% dos gestores vendidos em real e 73% comprados em dólar.
Participação do Banco Central do Japão e do Banco da Inglaterra
A “Super Quarta” de julho inclui também a decisão do Banco Central do Japão (BoJ), que enfrenta pressões para apertar a política monetária devido à desvalorização do iene. Enquanto se espera a manutenção das taxas pelo Fed e pelo Copom, o Banco da Inglaterra (BoE) deve anunciar uma redução de 0,25% na quinta-feira, baixando a taxa para 5%.