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Hershey registra queda de 55,5% no lucro do 2º trimestre

Receita líquida da empresa também caiu 16,7%

Hershey
Veja o resultado financeiro da Hershey (Imagem: Pixabay)
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Veja o resultado financeiro da Hershey (Imagem: Pixabay)

A Hershey, renomada fabricante de chocolates dos Estados Unidos, anunciou um lucro líquido de US$ 180,9 milhões no segundo trimestre de 2024. O valor é equivale a US$ 0,89 por ação. Sendo assim, o valor representa uma queda de 55,5% em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando o lucro foi de US$ 406,98 milhões, ou US$ 1,98 por ação. O lucro ajustado da empresa foi de US$ 1,27 por ação, abaixo das previsões dos analistas da FactSet, que esperavam US$ 1,44 por ação.

No entanto, a receita líquida também caiu, registrando uma redução de 16,7% em relação ao ano anterior. O valor passou de US$ 2,490 bilhões no segundo trimestre de 2023 para US$ 2,074 bilhões no mesmo período deste ano. A empresa não atendeu às expectativas dos analistas, que previam uma receita de US$ 2,304 bilhões, indicando um desempenho abaixo do esperado.

A Hershey explicou que a diminuição nas vendas líquidas orgânicas, em moeda constante, foi de 16,8%. As reduções de estoque por parte dos varejistas de confeitaria na América do Norte e em mercados internacionais causaram principalmente esse declínio. A implementação de um novo sistema de planejamento de recursos empresariais (ERP) no segundo trimestre e o cronograma de remessa sazonal também contribuíram para a redução.

Desempenho regional

Na América do Norte, a receita com vendas caiu 20,7% na comparação anual, totalizando US$ 1,579 bilhão. A empresa explicou que o esgotamento planejado dos estoques dos varejistas acumulados no primeiro trimestre, antes da implementação do sistema ERP em abril, causou aproximadamente 11 pontos percentuais dessa queda. O ajuste de estoque dos varejistas também contribuiu para a redução nas vendas. Além disso, o cronograma de envio sazonal impactou negativamente os resultados. A empresa transferirá esses envios para a segunda metade de 2024, causando outros 8 a 9 pontos percentuais da redução.

O lucro na América do Norte foi de US$ 464,5 milhões, uma queda de 29,3%, atribuída à redução nas vendas e ao aumento nos custos das commodities. No segmento de snacks salgados na América do Norte, as vendas líquidas aumentaram 6,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior, alcançando US$ 289,9 milhões. Esse aumento foi impulsionado pelo crescimento do volume. Sendo assim, a receita desse segmento foi de US$ 52,2 milhões, um aumento de 19,2% em relação ao ano anterior.

 

Desempenho internacional

No segmento internacional, as vendas recuaram 8,9%, totalizando US$ 204,8 milhões no segundo trimestre de 2024. As vendas líquidas orgânicas em moeda constante diminuíram 10,4%, devido ao esgotamento planejado do estoque no primeiro trimestre, antes da implementação do ERP. No México, os declínios planejados relacionados à descontinuação de uma linha de produtos de bebidas lácteas em 2023 também contribuíram para essa redução. O lucro relatado foi de US$ 25 milhões, impactado por declínios de volume e maiores custos de commodities, que compensaram a maior realização de preços líquidos.

Michele Buck, CEO da Hershey, comentou sobre o ambiente operacional atual, mencionando que os consumidores estão reduzindo os gastos discricionários.

“Nosso negócio foi impactado por essas tendências, mas estamos satisfeitos em ver o crescimento contínuo na categoria de confeitaria e o ímpeto se formando em nosso portfólio de snacks salgados,” disse Buck.

Contudo, ela acrescentou que a inovação planejada para a segunda metade do ano deve revitalizar as categorias. As estratégias em evolução da empresa atenderão às necessidades dos consumidores, impulsionando o sucesso a longo prazo.

Para o ano fiscal de 2024, a Hershey revisou suas projeções, agora esperando uma queda de 2% nas vendas líquidas, ao contrário da perspectiva anterior de crescimento de 2% a 3%. A expectativa para o lucro por ação reportado também foi ajustada para um declínio de 1% a 3%, comparado à previsão anterior de estabilidade. Em uma base ajustada, a empresa espera uma ligeira queda no lucro por ação, em contraste com a perspectiva estável anterior.