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AES Brasil registra prejuízo; situação no exterior também não vai bem

Desempenho financeiro e operacional da companhia

Entenda os resultados financeiros da AES Brasil. (Foto: Divulgação).
Entenda os resultados financeiros da AES Brasil. (Foto: Divulgação).
Entenda os resultados financeiros da AES Brasil. (Foto: Divulgação).
Entenda os resultados financeiros da AES Brasil. (Foto: Divulgação).

A AES Brasil, uma das maiores empresas de energia do país, reportou recentemente seus resultados financeiros do segundo trimestre de 2024. Nesse sentido, a companhia anunciou um prejuízo de R$ 138,9 milhões no segundo trimestre de 2024, revertendo o lucro de R$ 8,1 milhões obtido no mesmo período do ano anterior. Entre abril e junho, as receitas da empresa somaram R$ 871,8 milhões, um aumento de 14,3% em relação ao ano passado.

O resultado negativo foi impactado pelo aumento de 21,1% nas despesas financeiras, totalizando R$ 334,2 milhões. Além disso, os custos e despesas gerais e administrativas subiram 10,1%, alcançando R$ 184,8 milhões no trimestre, ajustados pelos efeitos não recorrentes, como despesas com a combinação de negócios entre a AES Brasil e a Auren, no valor de R$ 4 milhões, e uma provisão de R$ 8,6 milhões relacionada a um processo cível, parcialmente compensadas pelo recebimento de R$ 5,6 milhões da massa falida do Banco Santos.

Resultados financeiros da AES Brasil: EBITDA e margens

O lucro antes dos juros, depreciação e amortização (EBITDA) da AES Brasil atingiu R$ 366,2 milhões, representando um aumento de 5,4% em comparação anual. No entanto, a margem EBITDA caiu de 45,5% para 42% no mesmo período. A dívida líquida da empresa ao final de junho era de R$ 9,36 bilhões, ligeiramente superior aos R$ 9,24 bilhões registrados ao final de março.

Prejuízo ajustado e receitas

A AES Brasil também registrou um prejuízo líquido ajustado de R$ 104,1 milhões no segundo trimestre, revertendo o lucro de R$ 35,9 milhões no mesmo período do ano passado. No acumulado do ano até junho, o prejuízo foi de R$ 188,3 milhões, comparado ao lucro de R$ 103,6 milhões no ano anterior.

A receita líquida do período alcançou R$ 871,9 milhões, um crescimento de 14,3% em relação ao segundo trimestre de 2023. No semestre, a receita totalizou R$ 1,700 bilhão, um avanço de 9,8%.

A dívida líquida da AES Brasil ao final do semestre foi de R$ 9,366 bilhões, representando um aumento de 18,5% em relação ao mesmo período de 2023. A dívida bruta alcançou R$ 12,1 bilhões, um aumento de 2,5%.

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Acordo com a Auren e Futuro da AES Corp

No cenário internacional, a AES Corp, controladora da AES Brasil sediada nos EUA, reportou um prejuízo de US$ 39 milhões no segundo trimestre, um valor mais que o dobro do prejuízo de US$ 19 milhões registrado no mesmo período do ano anterior. Após ajustes, o lucro por ação atingiu US$ 0,38, um aumento em comparação aos US$ 0,21 do ano anterior.

Além disso, a AES Corp anunciou a venda de sua participação de 47,3% na AES Brasil para a Auren Energia por aproximadamente US$ 640 milhões. A Auren, criada a partir da reorganização dos ativos do grupo Votorantim e do fundo canadense CPP Investments, torna-se assim a terceira maior empresa de geração de energia do Brasil, com uma capacidade instalada de 8,8 gigawatts de energia renovável e R$ 30,8 bilhões em capitalização de mercado​.

A AES Corp também destacou a assinatura de novos acordos, incluindo 2,2 gigawatts diretamente com clientes de data centers, aumentando sua carteira de pedidos para 12,6 gigawatts. O presidente da AES, Andrés Gluski, afirmou que a transação é parte da estratégia de simplificação do portfólio da empresa e do foco no fornecimento de energia renovável para clientes corporativos nos EUA e no crescimento de suas utilidades​.

M Dias Branco conteúdo patrocinado