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Broadcast: produção industrial cresce em junho e impulsiona a economia

Alta reflete recuperação no Rio Grande do Sul

Indústria Automotiva - asiáticas - Produção Industrial
(Imagem: Cadu Gomes/VPR)
Indústria Automotiva - asiáticas - Produção Industrial
(Imagem: Cadu Gomes/VPR)

Após dois meses consecutivos de queda, a produção industrial brasileira voltou a crescer em junho, impulsionada principalmente pelo aumento na produção de bens de consumo duráveis, como automóveis. O crescimento reflete, em parte, os esforços de recuperação do Rio Grande do Sul, conforme apontam economistas entrevistados pelo Broadcast.

A indústria apresentou um crescimento de 4,1% de maio para junho. O setor superou a mediana das estimativas do Projeções Broadcast, que era de 2,5%. Contudo, o desempenho foi o maior desde julho de 2020, quando houve uma expansão de 9,1% durante a recuperação inicial dos impactos da pandemia de covid-19. Segundo o IBGE, a produção industrial de junho superou em 2,8% o nível registrado antes da pandemia, em fevereiro de 2020.

PIB do segundo trimestre

O resultado positivo de junho reforçou a percepção de um segundo trimestre de 2024 com atividade econômica ainda aquecida. O Bradesco destacou que a expansão da indústria deve contribuir para um crescimento do PIB no segundo trimestre semelhante ao registrado nos primeiros três meses do ano. Na época, houve um aumento de 0,8% em comparação com o último trimestre de 2023.

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O economista-chefe da G5 Partners, Luis Otavio de Sousa Leal, revisou sua estimativa para o PIB do segundo trimestre de 0,5% para 0,9%. Ele considerou desempenho da produção industrial e outros indicadores de atividade. O economista acredita que os efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul sobre a produção industrial no segundo trimestre serão nulos ou até positivos, devido aos esforços de recuperação no estado. No entanto, a G5 projeta um crescimento de 2,3% no PIB em 2024, com viés de alta.

 

Projeções econômicas

Helcio Takeda, economista da Pezco, afirmou que o desempenho da indústria em junho reforça a possibilidade de um crescimento de 0,5% do PIB no segundo trimestre. Ele destacou a chance de um crescimento surpreendente, o que poderia levar a um desempenho mais moderado no terceiro e quarto trimestres, devido à tensão e aversão ao risco, com alta do dólar e pressão nos juros futuros. Contudo, o economista também projeta um crescimento de 2,3% para o PIB no ano.

Felipe Salles, economista-chefe do C6 Bank, considera que um crescimento acima de 1,0% no PIB do segundo trimestre não seria surpreendente. Ele menciona que vários indicadores antecedentes mostraram uma dinâmica positiva, corroborando a análise de uma atividade econômica ainda aquecida. O C6 projeta um crescimento de 2,5% para o PIB em 2024. No entanto, Felipe Salles não descarta uma alta de até 3,0% no ano.

Bens de consumo duráveis

O IBGE destacou que todas as principais categorias econômicas da produção industrial registraram variações positivas em junho: bens de capital (0,5%), bens intermediários (2,6%), bens de consumo duráveis (4,4%) e bens de consumo semi e não duráveis (4,1%).

André Macedo, gerente da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do IBGE, destacou o desempenho positivo disseminado do setor, especialmente dos bens de consumo duráveis. Ele frisou a contribuição da indústria automobilística, que se recuperou após os impactos das chuvas no Rio Grande do Sul em maio.

 

Produção de veículos

Segundo a Anfavea, a produção de veículos em junho atingiu 211 mil unidades. É um aumento de 26,6% em relação a maio. As enchentes no Rio Grande do Sul em maio interromperam a produção na fábrica da General Motors (GM) em Gravataí por 12 dias. Além disso, afetaram o fornecimento de peças para montadoras em outras regiões.

M Dias Brancoconteúdo patrocinado