As empresas Oncoclínicas (ONCO3) e Alliança (AALR3) estão, de acordo com o colunista Lauro Jardim, do jornal “O Globo”, envolvidas em conversas preliminares para a união de seus negócios. A possível fusão entre essas gigantes do setor de saúde pode moldar o futuro da oncologia e dos laboratórios no Brasil, reforçando suas posições no mercado.
Expansão Recente da Oncoclínicas
No último mês de julho, a Oncoclínicas anunciou um aumento de capital de R$ 1,5 bilhão, liderado pelo Banco Master, que agora detém 20,17% de participação na empresa. O Conselho de Administração da Oncoclínicas homologou o aumento de capital aprovado em 22 de maio de 2024, resultando na emissão de 115,4 milhões de novas ações ordinárias. A empresa alocou R$ 807,7 milhões para a reserva de capital.
Além disso, o Goldman Sachs, por meio de fundos, possui uma participação de 37,31% na Oncoclínicas. O fundador, o médico Bruno Ferrari, mantém uma fatia de 8,51%. No entanto, esses dados reforçam o controle significativo do banco sobre a empresa.
Perfil da Alliança e Liderança de Tanure
A Alliança (AALR3), anteriormente conhecida como Alliar, é controlada por fundos do empresário Nelson Tanure, que é renomado por liderar grandes projetos de reestruturação empresarial. Tanure tem um portfólio diversificado que inclui setores como saúde, geração de energia, bens de capital, e telecomunicações. Ele possui participações em empresas como Light, PRIO, TIM Brasil, e Gafisa, além de estar à frente de investimentos em ativos estressados e participações minoritárias.
Presença da Oncoclínicas no Brasil
A Oncoclínicas opera em 15 estados brasileiros e no Distrito Federal. A empresa possui 145 unidades, que incluem clínicas, parcerias hospitalares e um laboratório de medicina de precisão. A empresa é especializada em cuidados oncológicos, reunindo mais de 2.700 médicos especialistas e 8.000 colaboradores. Nos últimos 12 meses, a Oncoclínicas realizou cerca de 635 mil tratamentos.
Opinião
“As negociações entre Oncoclínicas e Alliança podem representar um passo importante para o setor de saúde no Brasil, unindo forças para ampliar suas capacidades e influências no mercado. Contudo, o desfecho dessas conversas preliminares ainda está por vir, deixando o mercado atento às próximas movimentações”, destacou Jackson Pereira Jr., articulista de negócios do Economic News Brasil.
