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Ibovespa cai 0,95% após três dias de alta impulsionado por blue chips

Ibovespa recua 0,95% após recordes, influenciado por blue chips e declarações do Banco Central. Dólar fecha em alta, refletindo incertezas econômicas.
Ibovespa - Copom - queda
(Imagem: divulgação/Ibovespa)

Após três dias consecutivos de recordes intradia e de fechamento, o Ibovespa registrou uma queda de 0,95% nesta quinta-feira (22), fechando aos 135.137,39 pontos. O recuo foi impulsionado por uma combinação de fatores, incluindo o desempenho negativo das blue chips e declarações cautelosas de diretores do Banco Central. Além disso, o ambiente pessimista de Wall Street contribuiu para a queda do principal índice da bolsa brasileira.

O dólar à vista subiu, encerrando o dia com alta de 1,98%, cotado a R$ 5,5904. Sendo assim, o movimento reflete a busca por segurança dos investidores diante de um cenário econômico incerto.

Banco Central 

Durante o pregão, os investidores monitoraram de perto as declarações de Diogo Guillen, diretor de Política Econômica, e Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do Banco Central. Diogo Guillen destacou a persistência de incertezas tanto no cenário doméstico quanto no externo, o que representa um desafio adicional para o Comitê de Política Monetária (Copom).

“Eu sigo vendo o cenário assim: projeções mais elevadas e com mais riscos, levando a um cenário mais desafiador para o Copom”, afirmou o diretor de Política Econômica em um evento organizado pela PUC-Rio.

Gabriel Galípolo, por sua vez, enfatizou que o Banco Central não se encontra em uma posição difícil, apesar das recentes interpretações do mercado sobre suas declarações. No entanto, ele reiterou que a autoridade monetária está preparada para elevar a taxa Selic, caso seja necessário, na próxima reunião do Copom.

“O mercado percebeu que este Banco Central tem mais graus de liberdade”, disse Gabriel Galípolo.

Essas declarações levaram o mercado a precificar uma probabilidade de 100% de alta da Selic em setembro, reforçando o clima de cautela entre os investidores.

Pressão das blue chips

O desempenho das blue chips foi determinante para a queda do Ibovespa. Entre os destaques, Itaú (ITUB4) registrou queda superior a 1%, após o UBS BB rebaixar a recomendação para as ações de compra para neutro. A Vale (VALE3), por outro lado, conseguiu ganhos impulsionados pela alta do minério de ferro na China, mas isso não foi suficiente para neutralizar as perdas do índice. Já a Petrobras (PETR4; PETR3) continuou operando em território negativo, refletindo as flutuações no mercado de petróleo.

Entretanto, a CVC (CVCB3) liderou as perdas do índice, devolvendo os ganhos obtidos na sessão anterior. A abertura da curva de juros futuros, impulsionada pela expectativa de uma nova alta da Selic, penalizou as ações cíclicas.

Expectativas sobre o Banco Central

No final da tarde, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já definiu o nome do próximo presidente do Banco Central. Sendo assim, o mercado agora aguarda o anúncio dessas nomeações para a presidência e duas cadeiras na diretoria da instituição. A expectativa é de que essas decisões sejam reveladas na próxima semana, gerando especulações sobre os rumos da política monetária.

Ações expostas ao dólar se destacam

Apesar do dia negativo, 13 ações do Ibovespa fecharam em alta, com destaque para aquelas expostas ao dólar, como Embraer (EMBR3), Weg (WEGE3) e Ambev (ABEV3). A alta da moeda norte-americana e a expectativa de um novo ciclo de elevação da Selic beneficiaram esses papéis, favorecendo os exportadores.

Em meio a um cenário de incertezas, o mercado segue atento às próximas decisões do Banco Central e seus potenciais impactos na economia brasileira.

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