A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) suspendeu a autorização de vários profissionais influentes no setor financeiro, incluindo Tiago Reis, fundador da Suno, e José Berenguer, CEO do Banco XP. Essa medida foi tomada devido à não entrega do Formulário de Referência para os anos de 2022 e 2023, cujo prazo se encerrou em 31 de março.
No total, a CVM suspendeu 876 pessoas físicas e 60 jurídicas, em uma ação para reforçar a conformidade e a transparência no mercado de investimentos.
Tiago Reis, que se destacou nos últimos anos por suas fortes opiniões sobre criptomoedas, está entre os nomes mais notáveis dessa lista. Recentemente, ele se envolveu em debates públicos sobre o Bitcoin, expressando seu ceticismo em relação ao ativo digital.
Além de Tiago Reis, outros profissionais de renome também foram afetados pela suspensão, incluindo Artur Wichmann, diretor de investimentos da XP, e Pedro Guimarães, ex-presidente da Caixa Econômica. Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor do Banco Central e atual presidente do conselho da Jive Investments, igualmente sofreu as consequências. A CVM esclareceu que, embora esses profissionais possam atuar em outras funções em instituições financeiras, no entanto, estão temporariamente proibidos de administrar carteiras de investimento. Essa restrição permanece até que regularizem suas pendências.
Os indivíduos e entidades suspensas têm a possibilidade de recorrer da decisão. Para isso, é necessário que regularizem suas pendências documentais e apresentem um pedido formal à CVM. Caso a situação não seja resolvida em até 12 meses, a legislação determinará o cancelamento permanente do registro desses profissionais. Além disso, a CVM suspenderá a autorização para garantir o rigoroso cumprimento das normas, protegendo, assim, a integridade do mercado.
Decisão não afeta atividades de Tiago Reis na Suno
Segundo esclarecimento de Tiago Reis por meio de sua assessoria de imprensa, a recente decisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de suspender sua autorização de administrador de carteira não afeta suas atividades atuais na Suno. Tiago, que é fundador e analista do grupo, teve essa autorização suspensa devido a um mero atraso na entrega do formulário de referência, relacionado a uma atividade que ele não exerce.
A assessoria destacou que a suspensão foi realizada de ofício pela CVM e incluiu dezenas de outras pessoas que também não enviaram o formulário, provavelmente por não atuarem como administradores de carteira. Dessa forma, a medida não tem qualquer relação individual com Tiago Reis.
A nota também diz que, no momento, Tiago está considerando cancelar o registro dessa autorização, já que não exerce a atividade de administrador de carteira. Contudo, ele poderá solicitar novamente o registro no futuro, caso decida retomar essa função.
