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IPCA-15 de agosto: inflação cai, combustíveis sobem

Supermercado - Alimentos - Inflação - IPCA - IPC-S - IPCA-15
Alta de preços de alimentos impulsiona IPC-S para 0,64% em junho. (Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil)
Supermercado - Alimentos - Inflação - IPCA - IPC-S - IPCA-15
Alta de preços de alimentos impulsiona IPC-S para 0,64% em junho. (Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial, registrou variação de 0,19% em agosto, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (27). Esse resultado é menor que o observado em julho (0,30%) e em agosto do ano passado (0,28%).

No acumulado do ano, o IPCA-15 atingiu 3,02%, enquanto no período de 12 meses, a taxa foi de 4,35%, um pouco abaixo dos 4,45% registrados nos 12 meses anteriores.

Apesar da desaceleração da inflação geral, o setor de transportes do IPCA-15 exerceu forte pressão no índice, com alta de 0,83% em agosto. Esse aumento foi impulsionado, principalmente, pelos combustíveis. A gasolina subiu 3,33%, o etanol registrou alta de 5,81%, e o gás veicular aumentou 1,31%. Esses reajustes impactam diretamente o custo de vida dos consumidores.

Em contrapartida, os preços dos alimentos apresentaram uma deflação de 0,8%, repetindo o comportamento de julho, quando caíram 0,44%. Produtos como tomate, batata-inglesa e cebola tiveram quedas, contribuindo para aliviar o orçamento doméstico. Entretanto, a refeição fora de casa subiu 0,49%, impactando quem se alimenta fora do lar.

Outros setores da prévia do IBGE também registraram aumentos em agosto, como educação (0,75%) e artigos de residência (0,71%), além de despesas pessoais (0,43%) e saúde e cuidados pessoais (0,27%). As variações nos preços de habitação (0,18%), comunicação (0,09%) e vestuário (0,09%) foram mais moderadas.

A inflação desacelerada de agosto traz certo alívio, mas o impacto do aumento dos combustíveis continua sendo um desafio para os consumidores. Embora os alimentos tenham mostrado uma queda, a pressão em setores como transportes e educação ainda pesa no bolso do brasileiro.