Publicidade

Confiança do setor de serviços sobe em agosto e atinge 94,6 pontos

Limpeza - Funcionária - Setor de serviços
(Imagem: Renkilde Copenhagen/Pixabay)
Limpeza - Funcionária - Setor de serviços
(Imagem: Renkilde Copenhagen/Pixabay)

Em agosto, o setor de serviços no Brasil demonstrou sinais de recuperação. A confiança dos empresários aumentou devido à percepção positiva da situação atual e expectativas para os próximos meses. Dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgados nesta quinta-feira (29) revelam que o Índice de Confiança de Serviços (ICS) subiu 0,4 ponto, atingindo 94,6 pontos, o valor mais alto registrado desde abril de 2024.

Esse crescimento reflete a continuidade de um cenário de oscilações no setor, com tendência de estabilidade na confiança.

“O volume de demanda presente é positivo no ano, apesar de um ambiente de negócios mais morno em comparação com os anos anteriores. Já nas expectativas para os próximos meses, os empresários seguem cautelosos quanto ao futuro dos negócios”, destacou Stéfano Pacini, economista do FGV/Ibre.

O Índice de Situação Atual (ISA-S), que mede a percepção dos empresários sobre o momento presente, avançou 0,6 ponto, alcançando 96,7 pontos. Essa alta foi impulsionada pela melhora nos indicadores que compõem o índice. O volume de demanda atual subiu 0,4 ponto, atingindo 97,0 pontos, e a situação atual dos negócios aumentou 0,8 ponto, chegando a 96,4 pontos.

Apesar da melhora no ISA-S, o Índice de Expectativas (IE-S) teve uma recuperação mais tímida. Ele subiu apenas 0,1 ponto, alcançando 92,6 pontos, após uma queda no mês anterior. Enquanto isso, o indicador de demanda prevista para os próximos três meses cresceu 1 ponto, chegando a 93,8 pontos. No entanto, a tendência dos negócios para os próximos seis meses caiu 0,7 ponto, para 91,6 pontos, refletindo a cautela dos empresários.

Stéfano Pacini observou que o ambiente macroeconômico, com baixas taxas de desemprego e melhoria na renda, tem colaborado para uma demanda mais segura no setor de serviços. No entanto, ele alerta que “o fim do ciclo de queda da taxa de juros, incerteza elevada e pressões de custo, podem estar contribuindo para o atual comportamento reticente dos empresários“.