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Ibovespa inicia setembro em queda, pressionado por commodities

Ibovespa - Copom - queda
(Imagem: divulgação/Ibovespa)
Ibovespa - Copom - queda
(Imagem: divulgação/Ibovespa)

O Ibovespa começou o mês de setembro em queda, impactado pela ausência de operações nas bolsas de Nova York e pela retração das commodities. O principal índice da bolsa brasileira registrou uma baixa de 0,81%, encerrando o dia aos 134.906,07 pontos. A falta de novidades positivas no mercado externo e as incertezas no cenário doméstico pesaram no desempenho do índice.

O dólar à vista também apresentou uma leve queda, fechando a R$ 5,6148, com uma desvalorização de 0,36%. A moeda norte-americana interrompeu uma sequência de cinco altas consecutivas, influenciada por uma nova intervenção do Banco Central, que buscou estabilizar a cotação.

Repercussões do cenário econômico doméstico

No cenário interno, os investidores estão atentos às propostas do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025, enviado ao Congresso Nacional na última sexta-feira (30). Entre as principais medidas estão o aumento da alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e do Imposto de Renda retido na fonte sobre Juros sobre Capital Próprio (JCP). Essas mudanças têm o potencial de gerar uma arrecadação adicional de R$ 21 bilhões no próximo ano, de acordo com estimativas do governo.

O Ministério da Fazenda também sinalizou a intenção de eliminar a desoneração da folha de pagamento para diversos setores da economia. Atualmente, a medida que está em discussão no Congresso Nacional. A justificativa é que o projeto atual não oferece compensações adequadas para as perdas de receita, o que poderia comprometer o equilíbrio fiscal.

PIB e movimentações no mercado

Os olhares agora se voltam para a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, prevista para amanhã (3), às 9h, pelo IBGE. O indicador será importante para medir o desempenho da economia brasileira e orientar as decisões dos investidores nos próximos dias.

No campo corporativo, as ações da Americanas (AMER3) chamaram a atenção ao subir 25% durante o pregão. A empresa anunciou a contratação de uma consultoria especializada para conduzir a venda de ativos da Ame Digital e o encerramento de contas da instituição de pagamentos, o que foi bem recebido pelo mercado.

Por outro lado, as ações da Petrobras (PETR4;PETR3) caíram, mesmo com a alta do petróleo no mercado internacional. A Vale (VALE3) também registrou queda, acompanhando a desvalorização de 4,36% do minério de ferro, que terminou o dia a US$ 102,04 por tonelada na Bolsa de Dalian, na China.

Altas e baixas do Ibovespa

Entre as maiores quedas do Ibovespa, a Azul (AZUL4) liderou as perdas, refletindo a cautela dos investidores quanto à saúde financeira da companhia. A notícia de que a empresa estaria considerando várias alternativas, incluindo um possível pedido de proteção contra credores para lidar com sua dívida, gerou incertezas no mercado.

As empresas do setor frigorífico também registraram baixas, figurando entre os piores desempenhos do dia, mesmo sem novos eventos que justificassem as quedas.

Por outro lado, Petz (PETZ3) e IRB Re (IRBR3) se destacaram entre as maiores altas do índice. Por fim, o Assaí (ASAI3) também apresentou um bom desempenho, apesar do Grupo Mateus (GMAT3) ter negado qualquer negociação para uma eventual oferta pública de aquisição de ações.