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Fundador da Vivara compra ações de ex-CEO e gera problemas de governança

O fundador e sócio controlador, Nelson Kaufman, ampliou sua participação na empresa.
O fundador e sócio controlador, Nelson Kaufman, ampliou sua participação na empresa.
O fundador e sócio controlador, Nelson Kaufman, ampliou sua participação na empresa.
O fundador e sócio controlador, Nelson Kaufman, ampliou sua participação na empresa.

No primeiro semestre de 2024, a Vivara passou por uma mudança em sua governança. O fundador e sócio controlador, Nelson Kaufman, ampliou sua participação na empresa. Através da aquisição de ações que pertenciam ao seu sobrinho Paulo Kruglensky, ex-CEO da companhia, Kaufman elevou sua fatia para 30,2%.

“Essa compra de ações na Vivara marcou um novo capítulo na história da empresa, o que pode impactar os princípios de governança e transparência”, comentou Jackson Pereira Jr., articulista de negócios do Economic News Brasil.

Mudanças na Estrutura Acionária

O aumento de participação de Kaufman reflete o controle crescente da família sobre a Vivara. A empresa NKaufman Empreendimentos, que pertence ao fundador, foi a responsável pela compra dos 4% de ações que anteriormente estavam em posse de Kruglensky. Essa compra de ações na Vivara pela NKaufman Empreendimentos fortalece o controle familiar. Com isso, o sobrinho, que também saiu do quadro societário, segue agora uma nova trajetória profissional na Arezzo, onde lidera a integração com o Grupo Soma.

Impacto no Mercado e na Governança

A decisão de remover Kruglensky do cargo de CEO provocou reações no mercado e dentro da própria empresa. Duas conselheiras que votaram contra essa decisão, Anna Andrea Chaia e Tarcila Ursini, renunciaram logo após a saída do ex-CEO. No entanto, a breve tentativa de Kaufman de reassumir o controle da empresa como CEO foi abandonada. Em vez disso, ele promoveu o CFO, Otávio Lyra, ao cargo de CEO, acumulando as duas funções executivas. Assim, essa compra de ações teve um impacto em toda a estrutura da Vivara.

Resultados Financeiros Recentes

Apesar da turbulência na governança, a Vivara apresentou números sólidos no segundo trimestre de 2024. O lucro líquido da companhia foi de R$ 210,96 milhões, um aumento de 91,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O resultado foi impulsionado, em parte, pelos créditos de PIS/COFINS, que totalizaram R$ 100,4 milhões, e por um aumento de 17,2% na receita líquida, atingindo R$ 656,3 milhões. Esses números são reflexo em parte da compra de ações na Vivara, que trouxe estabilidade financeira à empresa.

Visão do Mercado

Embora a Vivara esteja reportando bons resultados, analistas apontam que a governança da empresa continua sendo um fator de preocupação. A forma abrupta como a mudança de comando foi conduzida, especialmente com a retirada de Kruglensky, gerou desconfiança entre investidores. A família Kaufman, que agora detém 46% da empresa, está no centro dessa discussão. Analistas estão especialmente atentos à recente compra de ações na Vivara, devido ao aspecto da governança.