O Ibovespa registrou sua segunda queda consecutiva nesta terça-feira, encerrando o dia com uma baixa de 0,41%, aos 134.353,48 pontos. O cenário econômico atual pressionou o índice, influenciado por fatores internos e externos.
No âmbito doméstico, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que superou as expectativas ao crescer 1,4% no segundo trimestre de 2024 em comparação ao trimestre anterior, gerou reações mistas no mercado. O crescimento anual de 3,3%, embora acima das projeções, levanta preocupações sobre a sustentabilidade desse ritmo no atual contexto econômico e fiscal.
A queda acentuada nos preços das commodities influenciou os mercados externamente. O petróleo Brent, referência global, recuou 4,86%, fechando o dia a US$ 73,75 por barril. Já o minério de ferro, negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian, caiu 4,74%, encerrando as negociações a 703,5 iuanes (equivalente a US$ 98,87) por tonelada. Sendo assim, ocorreu a maior queda do minério de ferro desde outubro de 2022.
As empresas do setor de commodities, como Petrobras e Vale, sentiram o impacto dessas quedas e figuraram entre as principais quedas do Ibovespa. Ambas também lideraram o volume de negociações na B3, evidenciando a volatilidade que domina o mercado.
Em contrapartida, alguns papéis se destacaram positivamente no pregão do Ibovespa. As ações da Azul subiram mais de 10% durante o pregão, impulsionadas por rumores de que a companhia aérea está em fase avançada de negociações com credores internacionais para captação de recursos. Portanto, essa movimentação garantiu à Azul a maior alta do dia no índice.
Outros destaques incluem a Yduqs, que anunciou um programa de recompra de ações no valor de até R$ 300 milhões. Já as ações da Fleury avançaram após o Itaú BBA revisar para cima o preço-alvo dos papéis da empresa, projetando um potencial de valorização de 52%.