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ANP revela investimentos bilionários para exploração de Petróleo e Gás até 2027

(Foto: Tânia Rego/Agência Brasil)
(Foto: Tânia Rego/Agência Brasil)
(Foto: Tânia Rego/Agência Brasil)
(Foto: Tânia Rego/Agência Brasil)

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) desempenha um papel crucial na regulação do setor de petróleo e gás no Brasil. A instituição tem a responsabilidade de supervisionar as atividades das empresas e garantir a viabilidade econômica dos projetos. Ademais, a ANP também é a principal entidade que conduz leilões de blocos de exploração e produção.

No Relatório Anual de Exploração 2023, a ANP apresentou projeções para os investimentos na exploração de petróleo e gás natural no Brasil. Ela destacou a importância da perfuração de poços e da exploração em ambiente marítimo.

Em 2023, o setor enfrentou desafios. Isso resultou em uma redução no número de blocos sob contrato. Ao final do ano, 251 blocos estavam sob contrato, sendo 238 no regime de concessão e 13 no regime de partilha de produção. Esse número representa uma queda de 44 blocos em comparação a 2022. Isso se deve à baixa assinatura de novos contratos e à devolução de blocos por empresas.

Os blocos terrestres continuaram predominando. Tratam-se de 151 unidades contratadas, correspondendo a 52% da área total, enquanto o ambiente marítimo abrigava 100 blocos, dos quais 18 estavam no pré-sal.

Projeções da ANP e os investimentos para 2024 a 2027

As expectativas para os anos de 2024 a 2027 são promissoras. As projeções da ANP que os investimentos na fase de exploração de petróleo e gás natural totalizarão R$ 18,31 bilhões nesse período. O foco principal será a perfuração de poços. Isso deverá absorver 88% desse montante, ou seja, R$ 16,04 bilhões.

Em 2024, a previsão é de um investimento de R$ 9,97 bilhões, com ênfase nas atividades offshore, que receberão R$ 9,50 bilhões. Tratam-se de R$ 8,50 bilhões destinados à perfuração de poços em ambiente marítimo. Em comparação, as operações em terra receberão R$ 470 milhões.

Para 2025, estima-se que os investimentos somem R$ 7,64 bilhões, seguido de valores menores em 2026 e 2027, totalizando R$ 701 milhões. As projeções indicam uma concentração de recursos no curto prazo, especialmente em 2024 e 2025.

Exploração marítima em 2024

A exploração em ambiente marítimo, especialmente no pré-sal, é o grande destaque nas projeções da ANP. O Brasil possui vastas reservas de petróleo offshore. O país continua a desempenhar um papel central na exploração de petróleo no Atlântico Sul. A ANP projeta que 95% dos investimentos para os próximos quatro anos, cerca de R$ 17,35 bilhões, serão destinados a atividades offshore.

Entre 2024 e 2027, a ANP espera a perfuração de 69 poços, com 39 programados para 2024, atraindo um investimento de R$ 8,8 bilhões. A prioridade dada à exploração marítima reflete o potencial das reservas submarinas brasileiras. Estas continuam a atrair o interesse de grandes players internacionais.

Desafios e oportunidades

Apesar das projeções otimistas, o setor de exploração de petróleo e gás no Brasil enfrenta desafios. A redução no número de blocos sob contrato em 2023 reflete as dificuldades do setor, como a complexidade dos projetos e os altos custos da exploração em novas fronteiras.

Para reverter essa tendência, a ANP adota medidas para aumentar o número de blocos sob contrato e intensificar as atividades exploratórias, visando incorporar novas reservas, especialmente em bacias pouco exploradas, como as regiões Norte e Nordeste.

As bacias de novas fronteiras, como as do Amazonas e Parnaíba, onde foram encontrados indícios promissores de hidrocarbonetos, são vistas como cruciais para a diversificação da produção de petróleo e gás no Brasil, reduzindo a dependência das bacias tradicionais de Santos e Campos.