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BTG Pactual vende usinas termelétricas para Eneva

(Foto: Divulgação)
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O BTG Pactual anunciou nesta sexta-feira (06/09) a venda de usinas termelétricas para a Eneva, após a conclusão de uma auditoria confirmatória. A operação, aprovada pelo conselho de administração, fortalece a expansão da companhia no setor de energia. Com essa transação, o BTG transfere seus ativos, ampliando o parque energético da Eneva e marcando uma operação relevante no mercado.

Detalhes da aquisição

A Eneva se comprometeu a pagar R$ 306 milhões pela Gera Maranhão, além de uma parcela contingente que pode chegar a R$ 129 milhões. Esse valor adicional está condicionado ao sucesso da empresa em antecipar o início dos contratos de reserva de capacidade, firmados no leilão de dezembro de 2021. Além da Gera Maranhão, a transação também inclui a compra das debêntures e participações da usina Linhares.

Para a aquisição das debêntures de Linhares, o valor acordado foi de R$ 215 milhões, com ajustes pela curva de juros até o fechamento do negócio. Já pela aquisição de participação na usina, o valor base é de R$ 640 milhões, com mais parcelas contingentes que podem atingir até R$ 99 milhões. Isso totaliza uma transação robusta, que fortalece o posicionamento da Eneva no mercado energético.

Condições adicionais e impactos

O BTG Pactual vende as usinas termelétricas mas isso representa uma operação importante para ambas as empresas. Enquanto o BTG Pactual foca em outras oportunidades, a Eneva amplia seu parque térmico, consolidando-se como uma das principais geradoras de energia do Brasil.

Reorganização societária e follow-on

Além da compra das usinas, a Eneva anunciou a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária para 30 de setembro de 2024. O objetivo é discutir a reorganização societária da empresa. Também está prevista a realização de um follow-on de até R$ 4,2 bilhões até o final do ano. Esse movimento visa captar recursos para continuar a expansão e os investimentos no setor energético.

Essa aquisição marca um passo importante para a Eneva, reforçando sua atuação no setor de energia elétrica e hidrocarbonetos, e consolidando sua presença relevante no mercado energético brasileiro.

Eneva foi de Eike Batista

A Eneva é uma empresa de energia com atuação em geração elétrica e produção de hidrocarbonetos no Brasil. Possui um parque térmico de 2,7 GW, representando 11% da capacidade térmica a gás do país. Atua tanto no Mercado Regulado quanto no Ambiente de Contratação Livre, com geração a gás natural e carvão mineral. Também opera na exploração de hidrocarbonetos na Bacia do Parnaíba, em uma concessão de 40 mil km².

Fundada como MPX em 2007, pelo empresário Eike Batista, levantou R$ 2 bilhões em sua Oferta Pública Inicial. Em 2013, a alemã E.ON adquiriu a MPX, que foi renomeada para Eneva. A empresa passou por recuperação judicial em 2014 e, em 2016, fundiu-se com a Parnaíba Gás Natural. Desde então, reestruturou o segmento de gás e reformulou sua diretoria. Está listada na B3, no segmento Novo Mercado, com ações ENEV3 e ENEV3F.