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Edmundo González fugiu da Venezuela e aprofunda crise

Edmundo Gonzalez foge da Venezuela para Espanha.
(Foto: Reprodução Instagram)
Edmundo Gonzalez foge da Venezuela para Espanha.
(Foto: Reprodução Instagram)

O atual governo da venezuelano recebeu com surpresa o exílio de Edmundo González, principal adversário de Nicolás Maduro, que fugiu para a Espanha no no sábado (07). A saída do político ocorreu em meio à crescente repressão, que intensificou a perseguição a opositores após a contestada eleição presidencial ocorrida em 28 de julho. Ainda não foi divulgada a informação de como Edmundo González fugiu da Venezuela.

A oposição escolheu Edmundo González para representá-la em abril, depois que impediram María Corina Machado, a principal candidata, de concorrer. Apesar do Conselho Eleitoral da Venezuela ter declarado a vitória de Maduro com 51,95% dos votos, a oposição alegou fraude. Eles apresentaram 80% das atas de votação, que indicavam uma vitória de Edmundo González com quase 70%. Edmundo González foge da Venezuela para escapar da repressão.

Desde a eleição, as autoridades prenderam 2.400 manifestantes, além de quatro políticos da oposição, em meio ao aumento da repressão. “O exílio de González é um golpe duro para a democracia venezuelana”, afirmou Ryan Berg, diretor do Programa das Américas no Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais. Muitos dizem que Edmundo González foge da Venezuela em busca de liberdades que já não lhe são permitidas em seu país.

González se refugiou na embaixada espanhola em Caracas dias antes de fugir, enquanto as autoridades venezuelanas e o governo espanhol negociavam para facilitar sua saída. José Manuel Albares, ministro das Relações Exteriores da Espanha, confirmou que o opositor viajou em um avião da Força Aérea Espanhola.

Pressão internacional 

A saída de Edmundo González deve intensificar as críticas internacionais, especialmente de países como os EUA, que reconhecem sua vitória eleitoral. No entanto, promotores venezuelanos o acusam de falsificação de documentos, incitação à desobediência e conspiração, crimes que, segundo o governo, justificam a ordem de prisão.

A crise política na Venezuela se aprofunda com o impasse entre Nicolás Maduro e a oposição. Ao mesmo tempo, líderes da esquerda latino-americana, como os presidentes do Brasil e da Colômbia, enfrentam dificuldades para lidar com a postura autoritária do presidente da Venezuela.

Além disso, seis assessores de María Corina Machado permanecem abrigados na embaixada da Argentina desde março, sob proteção do governo brasileiro. A tensão diplomática se agrava à medida que a oposição busca apoio internacional para pressionar o governo de Nicolás Maduro. Edmundo González foge da Venezuela, e o mundo acompanha atentamente as consequências políticas deste exílio.