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Dólar e Ibovespa caem com nova deflação e investidores atentos aos EUA

(Foto: Pexels)
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Nesta terça-feira (10), o mercado financeiro seguiu atento às eleições nos Estados Unidos e aos novos dados de inflação no Brasil. O dólar comercial fechou em alta de 1,31%, cotado a R$ 5,655, enquanto o Ibovespa encerrou o dia com queda de 0,31%, aos 134.320 pontos.

Impacto da Deflação no Brasil

O principal destaque do dia foi o anúncio que marcou o mercado financeiro nesta terça, da primeira deflação no Brasil desde junho de 2023. De acordo com o IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) recuou 0,02% em agosto, após uma alta de 0,38% em julho. Esse resultado surpreendeu o mercado, que esperava um leve aumento de 0,02%. A queda de 2,77% nas tarifas de energia elétrica foi o principal fator para o resultado negativo, e a inflação acumulada em 12 meses está em 4,24%, ainda próxima ao teto da meta estabelecida pelo Banco Central (BC).

Embora a deflação tenha pressionado ações ligadas ao consumo, como varejo e serviços, o mercado aguarda os próximos movimentos do Banco Central em relação à política monetária.

Repercussão do Dólar e Ações de Destaque

No câmbio, o dólar turismo subiu 1,18%, cotado a R$ 5,875, refletindo a apreensão dos investidores com o cenário internacional. Este cenário impactou o mercado financeiro nesta terça. A libra esterlina também avançou 1,55%, sendo negociada a R$ 7,405. No mercado de criptomoedas, o Bitcoin teve alta de 1,38%, chegando a R$ 326.065,00, destacando-se no cenário digital.

Entre as ações que mais se valorizaram no pregão, estão Azul (AZUL4), com alta de 3,68%, cotada a R$ 4,22, e Vivara (VIVA3), que subiu 3,09%, fechando em R$ 28,34. Por outro lado, empresas como PetroRio (RRRP3) e Ultrapar (UGPA3) registraram quedas acentuadas de 5,57% e 3,90%, respectivamente, sendo impactadas pela queda do petróleo no mercado global.

Perspectivas Econômicas

Os investidores mantêm cautela à espera das próximas decisões de juros tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. O Federal Reserve (Fed) e o Banco Central brasileiro estão sob os holofotes do mercado, já que suas decisões podem impactar diretamente o comportamento das moedas e dos índices de ações.

O cenário para o restante da semana permanece incerto, com o mercado observando a inflação nos Estados Unidos e os possíveis impactos das eleições norte-americanas. A volatilidade deve continuar afetando o mercado financeiro nesta terça-feira e ao longo dos próximos dias, à medida que novas informações econômicas forem sendo divulgadas.

Mudanças Corporativas e Projeções

Entre as novidades corporativas, o Grupo Casas Bahia anunciou a nomeação de Fábio Spina como vice-presidente jurídico, após mais de três décadas de experiência em grandes empresas, como Vale e Suzano. A movimentação interna reflete a busca da companhia por maior solidez no ambiente jurídico, enquanto o mercado continua competitivo.

Além disso, o J.P. Morgan elevou as projeções para as ações da Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11), destacando o momento positivo das empresas de papel e celulose. A revisão positiva do banco tem como base a expectativa de geração de fluxo de caixa livre para 2025, consolidando as empresas em suas respectivas áreas no mercado financeiro nesta terça-feira.

Resumo

O mercado financeiro nesta terça-feira seguiu agitado, com investidores de olho em dados econômicos e no cenário internacional. A queda do Ibovespa e a alta do dólar refletem a incerteza que prevalece no ambiente global. As próximas decisões de política monetária e os desdobramentos das eleições nos EUA serão fundamentais para determinar o rumo dos ativos no Brasil e no exterior.