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Presidente da Febraban defende proibir cartão de crédito para apostas eletrônicas

Presidente da Febraban defende proibição imediata do uso de cartões de crédito para apostas eletrônicas, visando evitar inadimplência.
(Foto: LinkedIn)

Isaac Sidney (Foto), presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), manifestou-se nesta quinta-feira (12), em São Paulo, a favor de proibir o uso do cartão de crédito em apostas eletrônicas e esportivas. Segundo Sidney, a utilização desse método de pagamento para apostas pode comprometer a estabilidade financeira dos correntistas e elevar o nível de inadimplência.

Durante um evento voltado para a imprensa, Sidney enfatizou a necessidade de medidas mais rigorosas para evitar que o cartão de crédito seja empregado em transações de apostas. “É fundamental que o governo proíba imediatamente o uso de cartões de crédito para apostas eletrônica. Essa forma de pagamento está afetando o orçamento familiar e contribuindo para o aumento da inadimplência”, afirmou o executivo.

Riscos do uso de cartões em apostas online

Sidney explicou que o cartão de crédito, sendo uma ferramenta essencial para o consumo cotidiano, não deveria ser usado em apostas esportivas. Embora já exista uma regulamentação que impõe o uso de meios alternativos, como o Pix e transferências bancárias, essa norma só passará a valer a partir de janeiro de 2024. Para Sidney, é urgente que o governo antecipe a entrada em vigor dessas restrições.

Ele mencionou que o assunto foi discutido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A Febraban está preocupada com o efeito que o aumento das apostas esportivas online, popularmente conhecidas como “bets”, pode ter no endividamento das famílias brasileiras.

Apostas e endividamento crescente

As preocupações de Sidney não são infundadas. Um estudo recente, realizado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) em parceria com o Datafolha, revelou que 37% dos brasileiros eram investidores em 2023, com expectativa de crescimento para 41% em 2024. Contudo, o estudo também indicou que uma parte significativa da população está direcionando recursos para apostas online, o que pode agravar o problema do endividamento.

Outro levantamento, intitulado “Como você investe o seu dinheiro?”, conduzido entre o final de 2022 e o início de 2023, apontou que as apostas online passaram a ser vistas como uma forma de investimento por alguns brasileiros. Sidney destacou que essa percepção é preocupante, pois pode levar ao comprometimento do orçamento familiar, aumentando os riscos de inadimplência e dificultando o acesso ao crédito.

Impacto nas finanças das famílias brasileiras

A Febraban está monitorando de perto o efeito das apostas eletrônicas na inadimplência das famílias. Com o crescimento das apostas, a previsão é que as famílias enfrentem maiores dificuldades financeiras, o que poderá restringir o acesso a crédito e piorar as condições de financiamento. Por isso, Sidney defende que medidas urgentes sejam tomadas para restringir o uso de cartões de crédito nesse tipo de transação.

Ele também ressaltou que o governo deve avaliar cuidadosamente a implementação das regulamentações para assegurar que as famílias brasileiras estejam protegidas dos efeitos negativos do superendividamento causado pelas apostas eletrônicas.

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