Na mais recente edição do Raio X do Investidor Brasileiro um retrato detalhado dos investidores do país e suas novas realidades foi apresentado. Segundo a pesquisa da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), em parceria com o Datafolha, realizada no final de 2023 com 5.814 pessoas de 16 anos ou mais, em todas as classes sociais nas cinco regiões do Brasil, um crescimento no número de investidores foi identificado, de 36% em 2022 para 37% em 2023, com projeções de alcançar 41% em 2024. Este estudo, realizado anualmente, incorporou questões sobre o estresse financeiro e o crescente interesse em apostas online, ou “bets”.
Os dados coletados também mostram que o estresse financeiro tem sido uma preocupação crescente para muitos brasileiros. Esta nova adição ao Raio X pretende explorar como as pressões financeiras impactam o dia a dia e as decisões de investimento da população.
Em termos de demografia dos investidores, 51% são do gênero masculino, 75% estão empregados, 33% possuem ensino superior completo, e 36% pertencem às classes A/B. A maioria reside na região Sudeste, representando 52% dos entrevistados, seguidos pelos do Nordeste com 20%, Sul com 15%, Centro-Oeste com 7% e Norte com 6%.
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A pesquisa também destacou um interesse crescente por apostas esportivas online. Realizado entre o final de 2022 e início de 2023, o estudo qualitativo “Como você investe o seu dindim?”, em colaboração com a consultoria Na Rua, indicou um aumento significativo na porcentagem de pessoas que incluem bets em seus orçamentos. A inclusão deste tema no Raio X visa quantificar quantos brasileiros consideram as apostas como uma forma de investimento.
Além disso, o estudo trouxe à luz uma nova métrica sobre o autocontrole e o imediatismo dos brasileiros em relação ao dinheiro, uma iniciativa de pesquisa liderada pela Cientística – Ciência de Dados, sob a direção de Altay Lino de Souza. Esta análise compara os comportamentos financeiros no Brasil com os de outras nações, investigando também a interação entre o estresse financeiro, o uso das bets e outras variáveis relevantes.
Conforme a população não investidora, que corresponde a 63% da amostra total, mais da metade são mulheres (53%), 68% estão empregados, com maior presença nas classes C (46%) e D/E (37%). Estes dados refletem as complexidades do mercado financeiro brasileiro e os desafios que muitos enfrentam no contexto atual de estresse financeiro.
