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PIB do Brasil tem queda de 0,1% entre junho e julho de 2024

PIB do Brasil - Dinheiro - Moeda - Mundo - Orçamento 2025
(Imagem: Carlito Canhadas/Pixabay)
PIB do Brasil - Dinheiro - Moeda - Mundo - Orçamento 2025
(Imagem: Carlito Canhadas/Pixabay)

A economia do Brasil registrou uma queda de 0,1% na passagem de junho para julho de 2024, de acordo com o Monitor do Produto Interno Bruto (PIB) da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgado nesta segunda-feira (16). Mesmo com o recuo, o PIB acumulou alta de 3,4% no trimestre móvel encerrado em julho, comparado ao mesmo período de 2023.

Segundo o Monitor, o PIB cresceu 5,4% em julho na comparação com o mesmo mês de 2023. Nos últimos 12 meses, a expansão foi de 2,7%. Juliana Trece, coordenadora da pesquisa, explicou que o recuo de 0,1% interrompe uma sequência de oito meses de alta.

“Apesar da queda, é uma retração de pequena magnitude, principalmente após o crescimento de 1,6% em junho, o maior do ano”, destacou.

A pesquisa apontou que segmentos como a indústria e o consumo das famílias apresentaram retração, enquanto o setor de serviços e os investimentos continuaram crescendo. 

“O setor de serviços, o mais importante da economia, e os investimentos, que expandem a capacidade produtiva, mantiveram o crescimento”, acrescentou Juliana Trece.

Trimestres móveis e consumo

A FGV utiliza a análise de trimestres móveis para oferecer um retrato mais claro da economia, minimizando a volatilidade dos dados. O consumo das famílias, por exemplo, cresceu 4,5% no trimestre encerrado em julho, com avanço em todas as categorias: produtos não duráveis, duráveis, semiduráveis e serviços. O estudo aponta que esse comportamento vem sendo observado desde o final de 2023.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que mede os investimentos, cresceu 6%, com destaque para máquinas e equipamentos. Esse componente foi essencial para a expansão da capacidade produtiva no período.

Exportações e importações

As exportações tiveram uma expansão de 0,7%, embora seja uma desaceleração em relação a trimestres anteriores, como o encerrado em abril, quando a alta foi de 11,8%. Segundo o estudo, a queda na contribuição dos produtos agropecuários impactou esse resultado. As importações cresceram 16%, o maior aumento do ano, impactando negativamente o PIB por serem produzidas fora do país.

A FGV estima que o PIB do Brasil acumulado até julho de 2024 alcançou R$ 6,587 trilhões.

Comparação com outros indicadores

O Monitor do PIB é um dos estudos que antecipam o resultado da economia. Outro indicador importante é o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que registrou recuo de 0,4% em julho. No trimestre, o IBC-Br apontou alta de 3,2%, enquanto a expansão anual foi estimada em 2%. O IBGE, que divulga os dados oficiais trimestrais, indicou um crescimento de 2,5% nos últimos 12 meses, com base nos dados divulgados em 3 de setembro.