Após um dia agitado, com a rede X voltando a funcionar para alguns usuários, parece que a plataforma começará a suspender contas que haviam sido banidos por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Entre os perfis bloqueados estão os do youtuber Monark e do blogueiro Allan dos Santos. Os dois são investigados por compartilhar fake news e atacar instituições brasileiras, sinalizando uma ameaça para o estado democrático.
A decisão de restabelecer o bloqueio das contas se deu após um impasse entre a plataforma e o STF. Inicialmente, o dono do X, Elon Musk, desafiou as ordens judiciais e liberou os perfis banidos, alegando que as decisões violavam a liberdade de expressão. Em resposta, o ministro Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos que investigam as ações da plataforma, determinou o bloqueio do X e de seus recursos bancários no Brasil.
Com a medida, o X foi multado em milhões de reais. Sem um representante legal no país para cumprir as ordens judiciais do STF, o ministro Alexandre de Moraes então decidiu bloquear os recursos da Starlink. A empresa fornece internet via satélite e também pertence a Elon Musk.
O que isso tem a ver com volta do X?
Ontem (19) no início da manhã, alguns usuários do X relataram que o aplicativo voltou a funcionar. Ao final do dia a Anatel diagnosticou que a plataforma trocou o servidor. A mudança representa um recurso de tráfego que possibilitou a algumas contas o acesso.
Agora, mesmo dando sinais que irá fazer o bloqueio das contas solicitadas pelo STF, o X precisa primeiro se certificar que a plataforma está completamente fora do ar. Caso a plataforma continue funcionando no dia de hoje (19), é possível que receba mais uma punição. Segundo informação divulgada pelo Conexão Globo News nesta manhã, o ministro Alexandre de Moraes declarou que irá multar o X em 5 bilhões por dia pelo “drible” usado.
A Anatel considera a ação mais uma afronta a soberania do Brasil e a justiça brasileira. Para Globo News, a empresa declarou, “A conduta da rede x demonstra a deliberada intenção de descumprir a decisão o STF”.
