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BB lança campanha para evitar recuperação judicial no agronegócio

Banco do Brasil lança campanha para evitar recuperação judicial no agronegócio, oferecendo alternativas para produtores rurais enfrentarem desafios financeiros.
Mesmo com volatilidade econômica, o lucro do Banco do Brasil cresceu. O banco projeta expansão do crédito e rentabilidade em 2025.
(Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Banco do Brasil (BBAS3), o segundo maior banco do país em ativos totais, lançou em junho uma campanha para evitar pedidos de recuperação judicial no setor do agronegócio. De acordo com Felipe Prince, vice-presidente de controles internos e gestão de riscos do BB, a medida tem como objetivo proteger os produtores rurais. O foco é evitar que eles recorram a um processo que pode causar danos ao setor.

Recentemente, a AgroGalaxy, varejista de insumos agrícolas, protocolou um pedido de recuperação judicial, acompanhando uma tendência crescente em meio à queda nos preços das commodities e eventos climáticos extremos, como inundações e secas sem precedentes. 

“O processo de recuperação judicial para produtores rurais não é saudável. Ele coloca em risco o patrimônio dos produtores, que são as terras, e impede novas concessões de crédito”, afirmou Rafael Prince.

O Banco do Brasil é líder em crédito para o agronegócio no Brasil, com uma participação de mercado de 50% entre os produtores rurais. Por isso, o banco está engajado em um “processo de conscientização“. Nesse processo, os superintendentes nas principais regiões produtoras alertam sobre os riscos da recuperação judicial e seu impacto negativo na atividade econômica dos produtores rurais.

Como alternativa, o Banco do Brasil está oferecendo auxílio aos clientes por meio da extensão de dívidas e gestão de crédito. Rafael Prince mencionou que alguns produtores têm adotado medidas que ele considera “irracionais“, atribuindo parte dessas decisões à “advocacia predatória e processos de blindagem patrimonial“. Ele enfatizou que o volume de pedidos de recuperação judicial, embora tenha aumentado recentemente, ainda é baixo em relação à carteira do banco, que conta com mais de 700 mil produtores rurais. Desses, apenas 150 estão em recuperação judicial.

Os números da Serasa corroboram a preocupação: em 2023, 321 empresas de produtos e serviços ligados ao agronegócio pediram recuperação judicial. É um aumento de 82% em relação ao ano anterior. No primeiro trimestre deste ano, foram registrados mais 82 pedidos de recuperação judicial, segundo dados divulgados pela empresa.

Enfrentando os desafios climáticos e foco em sustentabilidade

Além da crise financeira, eventos climáticos extremos têm afetado o setor agro. O banco utiliza um banco de dados, com informações de safras agrícolas desde 1960, para prever cenários futuros e elaborar estratégias para amenizar os riscos. Essa base de dados, associada à inteligência artificial e técnicas de georreferenciamento, é usada também para monitorar possíveis invasões em áreas de produção.

Outro ponto importante abordado pelo vice-presidente de controles internos e gestão de riscos do BB é a expansão da carteira de crédito sustentável do Banco do Brasil. Atualmente, o Banco do Brasil mantém uma carteira de crédito de R$ 360 bilhões, destinando R$ 155 bilhões à agricultura sustentável. No entanto, a meta é alcançar R$ 500 bilhões e R$ 200 bilhões, respectivamente, até 2030.

A busca pelo protagonismo em sustentabilidade

O Banco do Brasil está de olho em se firmar como um player decisivo no mercado de crédito de carbono. Durante a Climate Week em Nova York, o banco anunciou a captação de US$ 800 milhões para financiar pequenos e médios produtores que adotam métodos de agricultura de baixo carbono. As instituições financeiras, como JPMorgan Chase Bank, Standard Chartered Bank, HSBC Bank e Crédit Agricole, realizaram essa iniciativa em parceria com o banco,

Em março deste ano, o BB também emitiu US$ 750 milhões em títulos sustentáveis, a terceira operação do banco associada a compromissos ambientais, sociais e de governança (ESG). Sobre futuras emissões, Rafael Prince afirmou que o banco permanece atento a oportunidades, embora descarte novas operações ainda este ano.

“Havendo oportunidade mais tarde, a gente capta. Então isso é perene”, concluiu.

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