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Ibovespa tem alta de 1,08% e retorna ao patamar de 133 mil pontos

Ibovespa - B3 - Ações
Sede do Ibovespa (Imagem: divulgação/Ibovespa)
Ibovespa - B3 - Ações
Sede do Ibovespa (Imagem: divulgação/Ibovespa)

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, teve um dia de altas, retomando o fôlego e voltando ao território positivo. Nesta quinta-feira (26), o índice subiu 1,08%, fechando aos 133.009,79 pontos. O movimento, que pode ser comparado a uma ‘montanha-russa‘, animou os investidores que acompanham de perto os movimentos do mercado.

O que causou a alta do Ibovespa?

Esse desempenho positivo do Ibovespa reflete diversos fatores. Um deles foi a reação dos investidores ao Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado pelo Banco Central. O relatório trouxe projeções que indicam uma melhora no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 3,2% neste ano. No entanto, a estimativa para o próximo ano aponta uma desaceleração da economia. Além disso, o documento destacou que as projeções de inflação subiram em todo o horizonte apresentado em comparação com a análise feita em junho, distanciando-se da meta estabelecida.

Na avaliação do banco Itaú, o RTI reforçou a visão de que o atual ciclo de alta da taxa de juros pode se prolongar. O banco projeta a Selic a 12% ao ano no fim do ciclo de aperto monetário. “O recém-iniciado movimento de alta de juros deve se estender ao longo dos próximos meses”, afirmou o Itaú em análise.

Além das notícias econômicas, as declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também foram acompanhadas de perto pelo mercado. Em linha com os comunicados anteriores, ele afirmou que o ciclo de política monetária está em aberto e que será necessário observar os dados econômicos nas próximas semanas para definir os próximos passos.

No âmbito fiscal, a Fitch Ratings afirmou que a política fiscal atual do Brasil e seus efeitos não estão acompanhando o forte desempenho da economia nacional. A agência destacou que o desempenho fiscal supera negativamente as projeções orçamentárias iniciais para 2024. Um descompasso entre a política fiscal e o crescimento do PIB pode impactar a classificação de risco do país, atualmente em “BB”.

Destaques do Ibovespa: quem subiu e quem caiu

As altas e quedas entre os ativos negociados no Ibovespa marcaram o dia. A Azul (AZUL4) liderou os ganhos, subindo quase 15% durante o pregão, impulsionada pela perspectiva de conclusão das negociações com arrendadores de aviões. No setor de mineração e siderurgia, o desempenho do minério de ferro foi determinante. Após uma série de estímulos, o governo da China anunciou novas medidas para impulsionar a economia, levando a um avanço de 1,75% no preço do minério de ferro na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE).

Esse movimento beneficiou a Vale (VALE3), que registrou uma alta de mais de 6% durante a sessão, contribuindo para o retorno do Ibovespa aos 133 mil pontos. No setor de educação, as ações da Cogna (COGN3) e da Yduqs (YDUQ3) também se destacaram, em meio a rumores sobre a retomada das conversas para uma possível fusão.

Na ponta negativa, Brava Energia (BRAV3) liderou as perdas pelo segundo dia consecutivo, influenciada pela queda de mais de 2% do petróleo. A Petrobras (PETR4;PETR3) também sofreu com a baixa da commodity, fechando o dia em queda.